Participação de professores em novos modelos de ensino

Em seminário, docentes são instigados a reformular suas práticas de ensino utilizando novas tecnologias

Ives Teixeira Souza*

Mesa de abertura no 2º seminário do Avas21

Resultado da união de esforços de professores, funcionários e estudantes da Faculdade de Medicina da UFMG, a Unidade sediou, na tarde de hoje, 27 de abril, o 2º Seminário do Ambiente Virtual de Aprendizado em Saúde do século XXI: ensino mediado por tecnologia e a expansão da sala de aula (Avas21).

O encontro, que tem o objetivo final de melhorar o ensino e aprendizagem na Faculdade, teve a sua relevância destacada pelo vice-diretor da Unidade, professor Tarcizo Nunes, como parte da consolidação de uma política institucional de ensino voltada para a área de tecnologia na Unidade. “O que nós tínhamos até então eram ações isoladas de grupos e de alguns professores. Por isso tenho que agradecer a todo esse grupo que constitui o Avas21”, disse, durante mesa de abertura do evento.

O diretor de educação a distância da UFMG e do Centro de Apoio a Educação a Distância (Caed/UFMG), Wagner Corradi realçou o fato de que a busca para utilizar o melhor da tecnologia no ensino é de extrema importância para que a UFMG se torne referência na área.

Experiências compartilhadas
Fazendo uma retrospectiva do trabalho desenvolvido pelo grupo do Avas21, a professora Rosália Torres, responsável pela educação a distância do Centro de Tecnologia em Saúde da Faculdade (Cetes) e uma das organizadoras do evento, revelou que inicialmente o projeto catalogou o que já tinha sido feito na área dentro da Instituição, com o objetivo de refletir criticamente e compartilhar o material entre os membros da comunidade acadêmica.

O seminário, no auditório do Cetes, também foi transmitido online.

Segundo ela, agora o desafio é outro: instigar novos professores a participar dessa política, além de utilizar a tecnologia para construir o conhecimento dos alunos da melhor maneira possível. “É nossa obrigação pensar grande, porque a tecnologia já está muito além das nossas expectativas iniciais e a educação é um universo a ser explorado junto com a tecnologia”, refletiu a professora.

O diretor de Inovação e Metodologia de Ensino da UFMG, Eucídio Pimenta, apresentou a trajetória da política de incentivo aos docentes na produção de recursos institucionais. “O que motivaria o docente a participar da educação à distância? Pensamos em um eixo que está em fase de discussão que envolve, inclusive, modificações no processo de avaliação da progressão docente”, destacou.

O diretor de Educação a Distância da UFMG, professor Wagner Corradi, apresentou o processo de criação do ensino a distância na Universidade, acredita que os ambientes físico e virtual tendem a estar cada vez mais unidos e presentes no processo de aprendizagem. “Daqui a pouco não vamos falar mais sobre ensino presencial ou a distância, vamos falar de ensino. Cada especialista vai identificar e criar a percepção do que é adequado para cada conteúdo”, sugeriu.

Eliane Gontijo defende: formação docente para formação discente

Professora do departamento de Medicina Preventiva e Social e coordenadora do programa de desenvolvimento docente da Faculdade, Eliane Gontijo retratou o que vêm sendo feito pelo programa. Além de alertar sobre o desafio de fazer com que os professores participem das oficinas propostas pelo projeto ela afirmou que a meta é formar alunos protagonistas de seu aprendizado, conscientes e responsáveis pelas pessoas. “Assim, precisamos da mediação de um bom professor para atingir o nosso objetivo, sendo de fundamental importância a capacitação dos nossos docentes”, concluiu.

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*Redação: Ives Teixeira Souza – estagiário de jornalismo
Edição: Mariana Pires