Ambulatório de apoio a mulheres em situação de vulnerabilidade é inaugurado


01 de dezembro de 2016


Durante o Fórum Promoção de Saúde e Prevenção da Violência e o Fórum “Para Elas, por Elas, por Eles, por Nós”, que aconteceram na Faculdade de Medicina nesta quinta-feira, foi lançado o Ambulatório da Rede de Práticas de Promoção de Saúde da Mulher em Situação de Vulnerabilidades.

Elza Machado; a professora do Departamento de Ginecologia e Obstetrícia, Myrian Fátima Siqueira Celani; a vice-diretora do Hospital das Clínicas da UFMG (HC), Andréa Maria Silveira; e a médica do HC, Raquel Santos. Foto: Carol Morena

Elza Machado, Myrian Fátima Siqueira Celani, Andréa Maria Silveira e Raquel Santos. Foto: Carol Morena.

A apresentação do ambulatório foi feita pela professora do Departamento de Medicina Preventiva e Social, Elza Machado; a professora do Departamento de Ginecologia e Obstetrícia, Myrian Fátima Siqueira Celani; a vice-diretora do Hospital das Clínicas da UFMG (HC), Andréa Maria Silveira; e a médica do HC, Raquel Santos.

Elza apresentou a equipe que colaborou com a iniciativa e explicou que o ambulatório já está funcionando como projeto piloto, desde setembro, no Hospital das Clínicas. “O objetivo é que esse seja um local para cuidar e amparar as mulheres em situação de violência. Se quisermos combater a violência temos que criar uma rede coletiva capaz de transformar. Somos homens, mulheres e crianças contra a violência”, afirma.

Para Andréa, a criação do ambulatório mostra que a Faculdade de Medicina e o HC estão cumprindo o seu papel de tratar de assuntos importantes da sociedade e cuidar de pessoas em situação de vulnerabilidade. “Esse serviço é um modelo de compromisso com as políticas publicas e de fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS). Tenho certeza que ele se tornará uma referência no combate a violência”, destacou.

Raquel e Myriam ressaltaram a importância do ambulatório e a forma multidisciplinar como ele foi pensado buscando atender as demandas e promover o bem-estar das mulheres atendidas.

Direitos Humanos e Sociais

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Secretário estadual de Direitos Humanos, Nilmário Miranda. Foto: Carol Morena

Após o lançamento foi realizada a mesa-redonda “Direitos Humanos e Sociais”, que contou com a participação do secretário estadual de Direitos Humanos, Nilmário Miranda e do Diretor da Faculdade de Medicina, Tarcizo Afonso Nunes. Durante o debate foram apresentados três manifestos.

O Manifesto em Defesa do Sistema Único de Saúde destacou os impactos da PEC-55 e a necessidade de maiores investimentos na saúde. O Coletivo Feminista Alzira Reis, composto por alunas da Faculdade de Medicina, se manifestou contra as formas de violência dentro da Instituição e a violência sofrida pelas mulheres. Já o manifesto do grupo Filhos da Hanseníase falou sobre a violência com mulheres e crianças que são afetados pela doença.

Para Nilmário Miranda, a violência contra a mulher deve ser abordada em todas as esferas da sociedade, a exemplo do que tem sido feito em Minas Gerais, que apresentou uma diminuição no número de casos. “Precisamos desnaturalizar a violência contra mulher, não deixar que ela se exerça como acontece hoje. Vivemos momentos difíceis no nosso país e com esse debate estamos mostrando o caminho que temos que fazer: o caminho da resistência”, concluiu.

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