Eixo 2: Desafios na gestão das instituições de Saúde

Saiba mais sobre a programação do Eixo 2 do 3º Congresso Nacional da Saúde da Faculdade de Medicina da UFMG.


20 de agosto de 2014


Coordenado pelo professor do Departamento de Medicina Preventiva e Social, Antônio Leite, o eixo pretende apresentar e discutir os avanços, entraves e desafios de gestão. “Na Faculdade os estudantes aprendem muito bem a fazer um bom diagnóstico, a terapêutica. A gestão não é um debate presente no dia a dia dos futuros médicos. Queremos trazer esse ‘mundo hospitalar’ a eles, principalmente porque essa dinâmica tem interferência direta na autonomia do profissional”, explica.

O Hospital das Clínicas no contexto da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares será um dos temas de discussão do eixo

O Hospital das Clínicas no contexto da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares será um dos temas de discussão do eixo

Dentro da proposta, a diretora geral do Hospital das Clínicas da UFMG e professora do Departamento de Propedêutica Complementar, Luciana de Gouvêa, foi convidada a participar da mesa que discutirá a perspectiva do Hospital das Clínicas da UFMG (HC) no contexto da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH). Para ela, essa discussão é importante porque há uma mudança de gestão acontecendo desde dezembro de 2013, e o desafio atual é assegurar o HC como um hospital da UFMG, garantindo as melhores condições de ensino e pesquisa. “O HC é um dos maiores que está se estruturando na rede da EBSERH. Ele já tem muita identidade e posicionamento no próprio Sistema Único de Saúde (SUS), com ensino e pesquisas de muita relevância, e isso não pode ser perdido”, afirma.

Além disso, ela destaca que essa será uma oportunidade para entender que esse não é um processo de privatização. A EBSHER irá oferecer uma série de mecanismos de gestão desde a contratação de pessoal até as diretrizes de funcionamento de diversas áreas. “As diretrizes serão definidas pela Empresa em conjunto com os hospitais para padronizar uma série de ações de gerenciamento de ensino, pesquisa e assistência, fortalecendo a contratualização com o SUS e a regulação do acesso ao hospital. A gestão geral continuará sendo pelos entes da universidade”, conta.

A professora convida à participação no Eixo 2 por ser um espaço interessante tanto aos alunos para que conhecem o contexto no qual estão se formando, quanto para professores e usuários do SUS para entenderem essa nova politica de Estado, ancorada em uma lei federal, de gestão dos hospitais universitários.

Programação
A programação ainda reunirá em palestras e mesas-redondas, representantes de instituições de saúde, hospitais e planos de saúde, dos sistemas público e privado para discutir a realidade nos hospitais. Está prevista a apresentação de experiências do hospital público federal Sarah Kubitschek, do hospital privado Mater Dei, da rede de hospitais filantrópicos, representados pela Federação Nacional das Santas Casas de Misericórdia e a Unimed Belo Horizonte que falará sobre a experiência do sistema suplementar. Novos modelos de gestão que estão surgindo no Brasil também serão abordados, como as organizações sociais e parcerias público- privadas (PPP).

O coordenador Antônio Leite explica que a formação do aluno de medicina na UFMG é voltada para o SUS. “A priorização é atenção primária, Programa de Saúde da Família. Temos, no Departamento, apenas uma disciplina optativa à distância que trata da gestão. Porém, formamos médicos que irão atuar no país, onde eles quiserem, não necessariamente no SUS. Essa é uma oportunidade para ouvir e conhecer essa outra realidade”, conclui.

 Congresso
O 3º Congresso Nacional da Saúde da Faculdade de Medicina da UFMG será realizado de 3 a 5 de setembro, na própria unidade, e é aberto a alunos, professores e profissionais da área. As inscrições podem ser feitas até 2 de setembro, dia de abertura do Congresso, pela página do evento.

Acesse a programação completa.