Eixo 7: Doenças emergentes, reemergentes e degenerativas e promoção a saúde

Saiba mais sobre a programação do Eixo 7 do 3º Congresso Nacional de Saúde.


27 de agosto de 2014


foto_inicialDoenças emergentes são classificadas como enfermidades que, antes sem importância, passaram a ser um problema atual da rede de saúde, como a dengue. As reemergentes são infecções já conhecidas, mas que, pelo baixo nível de casos, deixaram de ser um problema de saúde pública, como a tuberculose. Já as doenças degenerativas são as que, como supõe o próprio nome, acompanham a degeneração corporal, como o diabetes. Essa foi a explicação dada pelo professor do Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Medicina da UFMG, João Gabriel Marques Fonseca, coordenador do eixo sete, que abordará essas e outras vertentes no 3º Congresso Nacional de Saúde.

O eixo, que tem como objetivo discutir aspectos de doenças ou situações clínicas de grande impacto nas políticas de saúde na atualidade, também irá abordar o papel dessas políticas como contraponto aos agravos da saúde no mundo contemporâneo. “Vamos avaliar como elas podem ter um papel enquanto política de estado na contraposição dessas doenças; como a Saúde pode ter um papel frente a isso”, informou.

Apesar de não ser uma doença emergente, nem reemergente, o câncer, por suas características evolutivas, está assumindo uma importância não apenas médica, mas econômica, e é apontado como tema mais polêmico do eixo. “Se olharmos uma pessoa, individualmente, é justificável todo tipo de esforço para um tratamento. Mas, se olharmos coletivamente, a quantidade de custo desse tratamento equivale à vacinação de 150 mil pessoas, contra quatro doenças. Isso é polêmico por natureza”, declarou o professor. A mesa temática “O Câncer na Contemporaneidade”, moderada pela professora do Departamento de Medicina Preventiva e Social, Alzira de Oliveira Jorge, terá foco em questões como o custeio, a inserção do tratamento no SUS, e as implicações das novas tecnologias no tratamento do câncer.

Como palestrantes, foram convidados o professor do Departamento de Clínica Médica, André Márcio Murad, presidente do Grupo Brasileiro Oncológico Cooperativo, e a coordenadora de regulação da Secretaria de Estado de Saúde, Maria Cristina Viegas Cançado.

Para ministrar as outras palestras e debates do eixo, foram convidados professores e especialistas locais, em sua maioria professores da Faculdade de Medicina. “Demos preferência para profissionais de Minas Gerais, já que o Congresso será bastante regional, e há essa facilidade”, informou o coordenador.

Considerados relevantes pelo elevado impacto na morbidade nos tempos atuais, assuntos como “Viagens e Infecções na Contemporaneidade”, “Saúde Auditiva: a ocupação, o lazer e as perdas de audição nos dias atuais” e “Novo Velho – as transformações do envelhecer na contemporaneidade” também serão discutidos pelo eixo. “Esperamos que todos sejam destaque”, concluiu João Gabriel.