ELSA-Brasil lança Boletim Edição Especial do Dia da Consciência Negra: dados coletados em pesquisas aponta o racismo como causas fundamentais das desigualdades em saúde


20 de novembro de 2023


O Estudo Longitudinal da Saúde do Adulto (Elsa-Brasil), o maior estudo longitudinal sobre doenças crônicas não transmissíveis do país, publicou Boletim Edição Especial para o Dia da Consciência Negra, com dados que revelam desigualdades em indicadores de saúde e qualidade de vida. O ELSA-Brasil conta com mais de 15 mil voluntários e a Faculdade de Medicina da UFMG é um dos centros regionais (Minas Gerais) da pesquisa.

O ELSA-Brasil reconhece o racismo como uma das causas fundamentais das desigualdades em saúde. Neste boletim, o estudo apresenta evidências produzidas ao longo de 15 anos de estudo.

Os resultados revelam que quando iniciaram o acompanhamento no ELSA, entre os anos de 2008 e 2010, para cada pessoa branca convivendo com seis ou mais condições crônicas, havia aproximadamente 13 pessoas pardas e 15 pessoas pretas na mesma situação. Pretos eram os mais adoecidos para hipertensão (48%), diabetes (27%), doença renal crônica (11%) e quase um terço desse grupo eram pessoas com obesidade. Pardos estavam logo na sequência, com 23% do grupo com hipertensão, 20% com diabetes, 9% com doença renal e 23% com obesidade. As pesquisas também apontam que as mulheres pretas eram as que estavam mais adoecidas por múltiplas condições no início do estudo. Cerca de 10% das mulheres pretas conviviam com seis ou mais doenças crônicas no início do estudo. 40% delas conviviam com transtornos mentais comuns, como ansiedade e depressão, e 35% com obesidade.

Leia mais no site da Faculdade de Medicina da UFMG.

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