Equilíbrio no uso de novas tecnologias em debate


05 de setembro de 2014


“O bom médico sabe aplicar as diretrizes, o ótimo médico sabe quando não as usar” (Ênio Pietra)

“O bom médico sabe aplicar as diretrizes, o ótimo médico sabe quando não as usar” (Ênio Pietra)

Profissionais da área da Saúde e Ciências da Informação apresentaram seus trabalhos durante a mesa-redonda “Falta e uso indiscriminado da tecnologia no cuidado em Saúde: riscos para o indivíduo e para o modelo assistencial”, na manhã desta quinta-feira, 5 de setembro, na Faculdade de Medicina da UFMG.

O professor do Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Medicina da UFMG, Ênio Pietra, ministrou a palestra “Importância do uso equilibrado de recursos tecnológicos no cuidado em saúde”. Ênio defendeu que o uso de novas tecnologias requer certa visão crítica, ou seja, é preciso avaliar a aplicação clínica em relação ao custo-benefício dessas novas ferramentas. Segundo o professor, é preciso cuidado para que o uso excessivo das inovações não atrapalhe o vínculo do médico com o paciente. “O bom médico sabe aplicar as diretrizes, o ótimo médico sabe quando não as usar”, disse.

Helena Maria Crivellari, professora da Escola de Ciência da Informação da UFMG, deu continuidade à mesa abordando o “Uso indiscriminado das TIs e seus efeitos na saúde do trabalhador”. Helena indicou um declínio nas pesquisas voltadas ao tema em relação à década de 80, no entanto apresentou teses orientadas por ela que abordavam a questão da tecnologia no trabalho.

Para exemplificar sua fala, citou o escritor Harry Braveman, que “previa um avanço inexorável da desqualificação pela fragmentação e especialização do trabalho”. De acordo com ela, essa desqualificação acontece atualmente causada pelo surgimento de demandas cada vez mais específicas para lidar com os novos aparatos tecnológicos.

A pediatra Regina Ungerer, que atua na Organização Mundial de Saúde (OMS), em Genebra, encerrou o debate apresentando a plataforma coordenada por ela na OMS, o ePORTUGUESe. Segundo ela, a rede é “uma estratégia da OMS para fortalecer a colaboração dos países de língua portuguesa na área da informação e capacitação em recursos humanos”. Ela explicou ainda que a motivação para criação da plataforma foi o fato de que grande parte da informação atualmente circula em um idioma diferente do que se fala no país. “A informação deve ser confiável e as pessoas devem compreender seu sentido”, concluiu Regina.

3º Congresso
O 3º Congresso Nacional da Saúde da Faculdade de Medicina da UFMG chega, hoje, ao seu último dia de atividades. A programação reuniu sete conferências, mais de 10 palestras e 40 mesas-redondas, em torno do tema “Cenários da Saúde na Contemporaneidade”, em oito eixos temáticos.

A Secretaria executiva do 3º Congresso Nacional da Faculdade de Medicina da UFMG atende na sala Oswaldo Costa, 21, térreo da Unidade.

Acesse a programação completa.
Acesse a página eletrônica do 3º Congresso Nacional de Saúde.

Mais informações:
3409 9105 ou 3409 8055, ou ainda pelo e-mail 3congresso@medicina.ufmg.br

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