Especialistas apresentam epidemias atuais em mesa-redonda


05 de setembro de 2014


    Congressistas acompanham palestra sobre epidemias.

Congressistas acompanham palestra sobre epidemias.

Aids, gripe e dengue. As doenças foram temas retratados na mesa-redonda “Grandes epidemias atuais”, presidida pelo professor do Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Medicina da UFMG, Unaí Tupinambás, na tarde de ontem, 4 de setembro.

“Em relação ao HIV é importante alertar sobre os mecanismos de transmissão e mostrar que a epidemia não está sob controle, e a prevenção é muito simples: o uso do preservativo”, reforçou o professor. Para ele, foi importante também discutir com os presentes as formas de transmissão, controle e diagnóstico da dengue. Já sobre o H1n1, Unaí destacou a importância da vacina anual, e lembrou que a gripe não é uma doença tão benigna como era pensado há alguns anos.

O professor também foi o responsável pela palestra sobre a Aids. Durante a apresentação ele mostrou aos presentes que existe um otimismo muito grande sobre o controle da epidemia, mas que ainda há muito que se estudar sobre o assunto. “Acho que temos muita coisa para percorrer ainda. A ideia era tratar todo mundo e eliminar a epidemia, mas não é tão simples. A melhor forma de controlar a epidemia, no caso do HIV, é a prevenção, e a melhor prevenção é o uso do preservativo nas relações sexuais”, explicou.

O médico infectologista do Hospital das Clínicas da UFMG, Frederico Amâncio, proferiu palestra sobre a dengue. Frederico falou sobre formas de transmissão, sintomas e cuidados com as pessoas infectadas. Ele contou que a doença é relativamente nova no Brasil, mas que já acomete outros países há 150 anos. Segundo dados da Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte, em 2013, quase 100 mil casos da doença foram registrados na capital mineira. Ainda segundo Frederico, a doença influencia no atendimento do sistema de Saúde. “Quando a gente tem um pronto-socorro cheio de pacientes com dengue, é dificultado o acesso de pacientes infartados, com HIV, que tem alguma recorrência. Muitas vezes os centros de saúde têm que parar com os atendimentos programados para atender pacientes com dengue”, relatou.

Para falar sobre influenzas, foi convidada a professora do Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Medicina da UFMG, Helena Duani. Ela falou sobre as diferenças entre H1n1, H2n2, H3n3 e alertou para o fato que a influenza está entre as 10 doenças que mais causam óbito em todo o mundo.

3º Congresso
O 3º Congresso Nacional da Saúde da Faculdade de Medicina da UFMG chegou, hoje, ao seu último dia de atividades. A programação reuniu sete conferências, mais de 10 palestras e 40 mesas-redondas, em torno do tema “Cenários da Saúde na Contemporaneidade”, em oito eixos temáticos.

Confira a programação completa.

Acesse a página eletrônica do 3º Congresso Nacional de Saúde.

Mais informações:
3409 9105 ou 3409 8055, ou ainda pelo e-mail 3congresso@medicina.ufmg.br

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