Seminário destaca a importância do Para Elas na garantia dos direitos em saúde

A cerimônia de abertura do seminário “Vivências e Evidências: a luta contra a violência”, realizada nessa segunda-feira, 8 julho, homenageou parceiros do Para Elas – Projeto Atenção Integral à Saúde da Mulher em Situação de Violência –  e destacou as contribuições do projeto para o fortalecimento de direitos básicos, como o acesso à saúde de qualidade.

O Para Elas tem ações voltadas para a promoção da saúde e a não-violência, como a oferta de cursos profissionalizantes e até mesmo um bloco de carnaval, o “Para Elas contra a violência”. A vice-diretora da Faculdade de Medicina da UFMG, professora Alamanda Kfoury Pereira, participou da mesa de abertura e destacou a importância do projeto para Faculdade. “Esse projeto talvez seja o institucional de maior impacto e resultados práticos na melhoria de condição de vida de mulheres e homens. O Para Elas é um grande instrumento da paz, cordialidade, convivência entre os diferentes que temos na instituição”, ressaltou.  

O ex-secretário dos Direitos Humanos, Nilmário Miranda, também participou do evento. De acordo com ele, a Constituição Federal de 1988 foi um marco que possibilitou a criação de políticas públicas e iniciativas de fortalecimento de direitos básicos, a exemplo do Para Elas. “A constituição trouxe os direitos humanos econômicos, como direito ao trabalho, a alimentação, além de os direitos sociais como o acesso à saúde, base para o Sistema Único de Saúde”, pontuou.

Homenagens

A conferência e as mesas do evento foram batizadas com nome de importantes ativistas ligados às causas dos direitos humanos e da saúde. Entre eles, o professor já falecido do Departamento de Medicina Preventiva e Social, Antônio Leite Alves Raddichi, e o psiquiatra Cezar Campos, formado na Faculdade de Medicina e que foi importante liderança do Movimento de Luta Antimanicomial.

Também receberam homenagens póstumas o colaborador do Programa de Pós-Graduação em Promoção da Saúde e Prevenção da Violência, Robespierre Queiroz da Costa Ribeiro, e a mestre pelo mesmo programa, Rosemeire Aparecida Silva, que lutou por uma abordagem diferentes das drogas e da saúde mental.  

O evento também homenageou atuais parceiros do Projeto Para Elas, como a vice-diretora Alamanda Kfoury Pereira, a diretora do Hospital das Clínicas da UFMG, Andréa Silveira, e a professora do Departamento de Ginecologia e Obstetrícia, Myrian Fátima Siqueira Celani. “É importante homenagear e preservar a história dessas pessoas que já se foram. Também queremos comemorar e reconhecer as que estão com a gente como parceiros do programa”, frisou a professora do Departamento de Medicina preventiva e Social da Faculdade de Medicina da UFMG e coordenadora do projeto, Elza Machado.

O evento

O Seminário Vivências e Evidências: a luta contra a violência é promovido pelo Programa de Pós-Graduação de Promoção em Saúde e Prevenção da Violência da Faculdade de Medicina da UFMG. A programação, realizada nos dias 8 e 9 de julho, conta com mesas-redondas, conferências, grupos de discussão e atividades culturais.

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Fotos: Carol Morena

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