Exposição sobre Alzira Reis estreia o Corredor da Memória deste ano

O Centro de Memória (Cememor) da Faculdade de Medicina da UFMG apresenta a exposição “Alzira Reis – Pioneirismo, Determinação e Luta” no Corredor da Memória, que conta a história da primeira médica de Minas Gerais. O trabalho também está disponível no site do Cememor e sua produção contou com diversos voluntários de diferentes cursos, como História, Medicina, Letras, Museologia e Química.

“A exposição é uma oportunidade de conhecer a história dessa pessoa incrível que também se envolveu em projetos para melhor atendimento das mulheres e foi uma pioneira no sentido de abrir caminhos para as que vieram depois”, afirma a coordenadora de pesquisa do Cememor, Ethel Mizrahy. “Ela estava à frente de seu tempo, pois defendia o voto feminino, a emancipação das mulheres e seu papel para além da casa, dos filhos e do casamento. Um papel público em todas as áreas”, completa.

Ethel acrescenta que o trabalho é um reforço para o fato de a Alzira ter sido a primeira aluna a se formar na Faculdade e soma-se a homenagem da atual Diretoria que nomeou um novo espaço no prédio como Terraço Alzira Reis.

Alzira Reis

Alzira Nogueira Reis (1886-1970) se formou na Faculdade de Medicina em 1919, época em que as mulheres eram educadas restritamente para o casamento, fazendo com que enfrentasse diversos preconceitos por ser a única mulher do curso e pela escolha de estudar ao invés de se dedicar ao ambiente doméstico. Atualmente, como mostra a exposição, o cenário na Faculdade é diferente. Dos 1780 alunos matriculados no curso de Medicina, 766 são mulheres.

Além do pioneirismo de ser a primeira formanda do curso, Alzira esteve envolvida em várias iniciativas, como o voto feminino, que passou a vigorar em 1934, e a atenção aos portadores do bacilo de Hansen, causador da hanseníase.

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