Fatores psicossociais e insatisfação com o trabalho estão relacionados ao adoecimento de professores, afirma estudo


10 de outubro de 2023


A literatura afirma que os professores são conhecidos como a população com o emprego mais estressante devido as demandas de trabalhos e outros fatores. Entretanto, o que muitos não fazem ideia é que esse estresse, somado a fatores psicossociais e a insatisfação com o trabalho podem causar o adoecimento, tanto na saúde física, quanto na saúde mental dos docentes.

De acordo com uma pesquisa realizada pela doutoranda, Nayara Ribeiro Gomes para o Programa de Pós-Graduação em Ciências Fonoaudiológicas da Faculdade de Medicina da UFMG, reconhecer as causas e pioras na saúde da população de professores do ensino fundamental (6º ao 9º ano), pode ser um avanço relevante para que se tenha uma visão mais ampla da situação de suas relações com o trabalho.

Entre as principais causas de adoecimento de professores, foram encontrados transtornos mentais comuns (TMC) – ansiedade, depressão e sofrimento emocional (53,3%), dor musculoesquelética (DME) – dor na região lombar, ombros, braços, pernas (26,7%) e Síndrome de Burnout (6,6%).

Insatisfação com o trabalho docente é maior entre mulheres

Um ponto muito conhecido na profissão de professor, principalmente no Brasil, é a insatisfação com o trabalho. Durante a pesquisa existiu associações entre o impacto negativo na saúde física e mental e ser mulher com idade entre 40-59 anos e tempo total de carreira maior ou igual 11 anos, não ter tempo para a vida pessoal e insatisfação geral com o trabalho, com o salário e com as recompensas recebidas.

De acordo com Nayara, ainda que as mulheres sejam um pouco mais cuidadosas com a saúde do que os homens, existem outras coisas em questão. “A falta de tempo para o autocuidado pode agravar as questões de saúde. Às vezes é uma balança que não tem muito equilíbrio, porque a conta acaba não fechando”, esclarece.

Leia a matéria completa no site da Faculdade de Medicina da UFMG