Hospital das Clínicas da UFMG apresenta experiências exitosas em transplantes
05 de setembro de 2014
“Experiências de transplantes de órgão sólido no HC” foi o tema da palestra proferida pelos responsáveis pelos transplantes de fígado, rins, pâncreas, coração e pulmão do Hospital das Clínicas da UFMG (HC-UFMG). A intenção do encontro foi apresentar os vários programas de transplantes que são realizados pelo Hospital.
O coordenador do Programa de Transplante de Fígado do Instituto Alfa de Gastroenterologia e professor do Departamento de Cirurgia da Faculdade de Medicina da UFMG, Agnaldo Soares Lima, iniciou sua participação lembrando que o primeiro transplante de fígado do HC-UFMG foi realizado em setembro de 1994. “Foi muito bem sucedido, o transplantado viveu por muitos anos. Ele faleceu há dois anos por consequências do fígado, mas viveu quase 20 com uma qualidade de vida muito boa”, lembrou. De acordo com Agnaldo, as principais indicações para o transplante de fígado são a cirrose, causada pela infecção crônica pelo vírus da Hepatite C, seguido do uso abusivo de álcool. A expectativa é que em 2014 o Hospital consiga realizar 50 transplantes hepáticos.
O coordenador do Programa de Transplante Renal do Hospital das Clínicas, Fernando Lucas Júnior, explicou o problema de insuficiência renal e contou a história do transplante no HC-UFMG e os resultados e desafios deste procedimento. Atualmente, 40 pessoas, em média, recebem o transplante de rins no HC-UFMG por ano. “O Hospital das Clínicas é referência para transplantes de alta complexidade” contou.
Também participou do encontro o coordenador do Serviço de Cardiologia e Cirurgia Cardiovascular do HC-UFMG, Cláudio Gelape. O transplante de coração no Hospital das Clínicas teve início em 2006 e, até hoje, quase 180 pacientes já foram transplantados. Cláudio lembrou a importância da doação de órgãos. “A insuficiência cardíaca, que é a doença que vai levar o paciente a necessidade de transplante cardíaco, vem crescendo no mundo, e no Brasil não é diferente. As doações de órgãos em Minas Gerais são muito baixas. É importante passar isso para o aluno da nossa Faculdade, para que ele tenha a visão que a doação precisa ser trabalhada na sociedade”, explicou.
O sub-chefe do Instituto Alfa de Gastroenterologia e coordenador do Programa de Transplantes de Pâncreas do HC, Marcelo Sanches, explicou que existem três modalidades de transplantes: o de pâncreas e rins simultaneamente, o de pâncreas isolado e a modalidade em que primeiro faz o transplante de rins e depois o de pâncreas. “No nosso hospital só realizamos, até hoje, transplante de pâncreas e rim, apesar de sermos credenciados para fazer os outros dois. Mas a maior parte dos transplantes é feito simultaneamente”, exemplificou.
Por fim, o coordenador do Programa de Transplante de Pulmão e coordenador da Cirurgia Torácica e Endoscopia Respiratória, ambos do HC-UFMG, Nilson Figueiredo Amaral, explicou como é realizado este tipo de transplante no Hospital, e quais são os candidatos a receptores do procedimento. “Os casos mais frequentes são de pacientes com enfisema, doença relacionada ao tabaco, fibrose pulmonar e fibrose cística, mais relacionada a crianças”, exemplificou.
A mesa-redonda foi presidida pelo professor do Departamento de Cirurgia da Faculdade de Medicina da UFMG, Cristiano Xavier Lima.
3º Congresso
O 3º Congresso Nacional da Saúde da Faculdade de Medicina da UFMG chega, hoje, ao seu último dia de atividades. A programação reuniu sete conferências, mais de 10 palestras e 40 mesas-redondas, em torno do tema “Cenários da Saúde na Contemporaneidade”, em oito eixos temáticos.
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