Menopausa termina vida reprodutiva, não a sexualidade
Série do Saúde com Ciência é dedicada às mulheres e destaca o climatério, fase de transição para a menopausa
21 de maio de 2016
Nova série do Saúde com Ciência é dedicada às mulheres e destaca o climatério, fase de transição para a menopausa, dentre outros assuntos
O climatério é um processo biológico natural do ciclo de vida feminino, que ocorre, em geral, a partir dos 40 anos e chega ao fim com a menopausa, última menstruação da mulher. Antes do fim da sua vida reprodutiva, o corpo da mulher passa por mudanças hormonais, que influenciam nas funções fisiológicas e podem envolver aspectos psicológicos e comportamentais. Mas se engana quem pensa que não existe sexualidade saudável no climatério, ou mesmo depois da menopausa.
De acordo com o professor do Departamento de Ginecologia e Obstetrícia da Faculdade de Medicina da UFMG, Fernando Reis, a primeira manifestação física do climatério está no aumento da frequência de menstruações, que reflete a menor ocorrência de ovulações e está associada a uma oscilação na produção hormonal dos ovários. Na medida em que a mulher se aproxima da menopausa, a produção do hormônio estrógeno entra em declínio. “Com a queda do estrógeno, as menstruações vão ficar mais espaçadas, mais raras e menos volumosas até que acabem por completo”, afirma o professor.
Outros sintomas decorrentes da falta desse hormônio, como o ressecamento vaginal e dores durante o ato sexual, podem comprometer a qualidade das relações, mas isso não significa que a mulher se torna incapaz de sentir desejo e alcançar o orgasmo. “Mesmo que os acontecimentos orgânicos possam interferir na vida sexual da mulher durante o climatério, há outros fatores importantes que podem estar presentes na mesma pessoa, como problemas no próprio relacionamento afetivo, doenças crônicas e depressão”, observa Reis.
Para lidar bem com isso e melhorar a qualidade de vida, existem tratamentos abrangentes, que incluem tanto uma abordagem médica como psicológica, além da importância de atividades físicas regulares e alimentação equilibrada. Segundo Fernando Reis, para os problemas orgânicos causados pelo climatério, o tratamento mais eficaz é baseado na reposição do estrógeno aprovada pelo médico. “É não apenas possível, como frequente e comum, a mulher ter uma vida sexual saudável após a menopausa, a questão é que ela deve estar bem”, garante o ginecologista.
Para saber mais sobre esse e outros assuntos relacionados à saúde da mulher, como as cólicas menstruais e os principais distúrbios do sistema reprodutivo feminino, fique ligado na nova série do Saúde com Ciência, que vai ao ar entre os dias 23 e 27 de maio.
Sobre o programa de rádio
O Saúde com Ciência é produzido pela Assessoria de Comunicação Social da Faculdade de Medicina da UFMG e tem a proposta de informar e tirar dúvidas da população sobre temas da saúde. Ouça na Rádio UFMG Educativa (104,5 FM) de segunda a sexta-feira, às 5h, 8h e 18h.
O programa também é veiculado em outras 177 emissoras de rádio, distribuídas por todas as macrorregiões de Minas Gerais e nos seguintes estados: Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe, Tocantins e Massachusetts, nos Estados Unidos.