Pesquisa que avalia saúde da população LGBTQI no Brasil busca participantes
A UFMG, através da Faculdade de Medicina, e a UFRJ, se reuniram para identificar os determinantes que impactam a população LGBTQI, visando melhorar o atendimento dos serviços de saúde. O questionário online pode ser preenchido até 19 de outubro.
14 de setembro de 2020 - LGBTQI+, Medicina Preventiva e Social, Pesquisa, Saúde
*Giovana Maldini
Para avaliar as condições de saúde da população LGBTQI e melhorar o acolhimento dessas pessoas nos serviços de saúde, foi desenvolvida a pesquisa “Inquérito Nacional de Saúde LGBTQI”, uma parceria da Faculdade de Medicina da UFMG e a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Adaptado ás recomendações de prevenção da covid-19, o projeto busca a participação de pessoas a partir dos 18 anos, residentes no Brasil e que se considerem parte da população LGBTQI para preencher o questionário online, até 19 de outubro.
O questionário pode ser preenchido anonimamente. São cerca de 15 minutos para preencher com as informações sociodemográficas, de sexualidade, violência e discriminação, além de condições e comportamentos em saúde, relacionados ou não à covid-19. Ao final, o participante tem um espaço de fala, caso deseje compartilhar alguma experiência não contemplada pelo questionário.
“Essas perguntas foram selecionadas e discutidas em grupo, e a partir das demandas dos profissionais da saúde, acadêmicos e professores, moldamos esse questionário. Após finalizado, três pessoas diferentes avaliaram”, conta a Juliana Torres.
De acordo com ela, a pesquisa teve início por uma demanda de uma Clínica da Família situada na Ilha do Governador, no Rio de Janeiro e, antes da pandemia, foram feitas 10 entrevistas presenciais. Agora o principal desafio é ter mais participação. Até o momento cerca de 500 pessoas responderam questionário online, sendo que a meta do grupo é chegar a mil participantes.
Para preencher o questionário, acesse o link.
Avaliar para aperfeiçoar
Segundo Juliana, após o prazo de preenchimento do questionário, o grupo vai divulgar os resultados preliminares da pesquisa, por meio de um documento disponibilizado no Instagram do Coletivo LGBT+ de Acolhimento e Resistência do Campus Saúde da UFMG (Colar), que também participou da adequação do questionário.
Em seguida serão divulgados os resultados científicos, comparando os dados coletados no Inquérito Nacional com a pesquisa do Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional da UFMG (Cedeplar), feita em maio deste ano para avaliar a saúde da população LGBTQI em relação à covid-19.
“Faremos, ainda, oficinas em centros de saúde para também divulgarmos os resultados, além de treinamento dos profissionais da saúde, de acordo com o que verificarmos nos resultados, como forma de melhorar o atendimento”, conta Juliana.
A professora ressalta a importância da pesquisa para a população LGBTQI, que enfrenta barreiras no acesso à saúde:
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*Giovana Maldini – estagiária de jornalismo
Edição: Deborah Castro