Pesquisa sobre a saúde em BH inicia nova etapa


26 de novembro de 2008


Desenvolvido pelo Observatório de Saúde Urbana de Belo Horizonte (OSUBH) da Faculdade de Medicina da UFMG, a pesquisa Saúde em BH, sobre as condições de vida e de saúde da população, a partir desta semana entra em uma nova etapa.

Os pesquisadores da UFMG querem conhecer agora quais são as condições de vida dos moradores de bairros que representam a classe socieconômica mais privilegiada de Belo Horizonte, que vivem nos bairros Buritis, Gutierrez, Prado, Calafate, Alto Barroca, Grajaú e Nova Granada, na região oeste.

Iniciado em setembro, o estudo tem o objetivo de identificar e analisar não só os fatores individuais, como hábitos de vida e lazer, mas também os coletivos – como relacionamento social, hábitos culturais e até econômicos, como onde se faz compras ou que tipo de transporte é utilizado no dia-a-dia, por exemplo.

O objetivo final é descobrir qual a influencia dessas condições, do lugar onde se vive, sobre a saúde da população.

Além da região oeste, também foram entrevistados os moradores da região do Barreiro.

Na prática

“Essas duas regiões servem como uma amostra de toda a cidade, na medida em que elas reúnem áreas muito nobres e conjuntos de baixa renda”, explica uma das coordenadoras da pesquisa e professora da Faculdade de Medicina, Waleska Caiaffa.

Das 4500 entrevistas programadas, 2600 já foram feitas. Em cada casa, um adolescente (de 11 a 17 anos) e um adulto são convidados a responder perguntas sobre suas condições de saúde e de vida.

O horário da entrevista é agendado de acordo com a disponibilidade dos moradores.

Segundo Waleska as perguntas estão relacionadas com prática de atividade física, estrutura familiar, alimentação, lazer e diversão, mas também doenças que a pessoa já teve, uso dos serviços de saúde, condições de moradia e de segurança e até mesmo violência.

“Todos esses dados serão enviados depois para a Secretaria Municipal de Saúde. Esperamos que isso possa melhorar os investimentos na área de promoção de saúde. Iremos indicar, por exemplo, quais áreas precisam de mais academias”, conclui.

As pessoas que concordarem em responder a pesquisa irão receber o um cartão com seu peso, altura e com orientações básicas sobre seu estado nutricional.

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Redação: Larissa Nunes – Jornalista