Pesquisadora ressalta a importância das notificações


05 de setembro de 2014 -


Deborah Malta: A notificação é obrigatória, e quando incompleta, falseia as estatísticas

Deborah Malta: A notificação é obrigatória e, quando incompleta, falseia as estatísticas

“A violência é considerada prioritária na Saúde pública”, afirmou a pesquisadora e diretora do Departamento de Vigilância de Doenças e Agravos Não Transmissíveis e Promoção da Saúde da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Deborah Carvalho Malta. A palestrante conduziu a discussão “Política Nacional de enfrentamento da violência” na tarde de ontem, 4 de setembro.

Ao falar aos congressistas, Deborah ressaltou a importância da notificação completa de violência pelos profissionais de saúde. “A notificação é obrigatória e, quando incompleta, falseia as estatísticas. Como pensar políticas eficazes, então, se os dados estiverem errados?”, questionou.

A conferencista ressaltou ainda as principais causas dos óbitos brasileiros, a coleta de dados diversos pelo Ministério da Saúde – cada vez mais completas – e as iniciativas tomadas pela pasta na prevenção da violência. Segundo ela, por exemplo, nos anos de 2008 e 2012, em que a “Lei Seca” foi promulgada e atualizada, respectivamente, houve uma queda importante de óbitos causados por acidentes de trânsito.

A diretora também citou outros projetos bem sucedidos, como a “Lei Maria da Penha”, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e a “Campanha do desarmamento”, de 2003, que recolheu milhares de armas de fogo e, estima-se, evitou a morte de cerca de 3 mil pessoas.

“Temos que capacitar os profissionais de saúde para perceberem as situações de violência e nos pautar, cada vez mais, da promoção da saúde e cultura da paz”, concluiu Deborah Carvalho Malta, que também é professora e pesquisadora da Escola de Enfermagem da UFMG.

3º Congresso

A programação do 3º Congresso Nacional da Saúde da Faculdade de Medicina da UFMG reúne sete conferências, mais de 10 palestras e 40 mesas-redondas em torno do tema “Cenários da Saúde na Contemporaneidade”.

O Congresso vai até 5 de setembro, com atividades de 8h às 18h, diariamente, divididas em oito eixos temáticos. O Congresso conta ainda com programação cultural, com exibição de filmes, exposições, lançamento de livros e apresentações ao longo da programação.

Acesse a programação completa.

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