Profissionais da Saúde devem trabalhar juntos


08 de julho de 2013


Hábitos saudáveis estão relacionados a uma boa qualidade de vida. E existe muita gente que se dedica para contribuir com o bem-estar de nosso corpo e mente. O Saúde com Ciência entrevistou cinco professores da UFMG para discutirem um pouco sobre suas profissões. Embora tenham formações diferentes, chama a atenção o fato de todos eles ressaltarem que quando os saberes são integrados em equipes multidisciplinares, há maior eficiência na promoção à saúde e no aumento da qualidade de vida da população. A seguir, acompanhe trechos das entrevistas veiculadas pelo programa de rádio:

Educação Física segunda-feira (08/07/2013)

Na área da Saúde, o profissional da Educação Física tradicionalmente lida com a atividade preventiva. O professor da Faculdade de Educação Física, Fisioterapia e Terapia Educacional, José Alfredo Debortoli, considera que devido à sua formação, ele deve se inserir em equipes multidisciplinares que discutam temáticas relacionadas à fisiologia do exercício e ao comportamento motor. “O profissional também pode atuar na área do lazer, pensando possibilidades de participação social pela corporalidade”, acrescenta.

Psicologia – terça-feira (09/07/2013)

Fatores como conflitos familiares, insatisfação social e fobias podem estar associados à saúde física ou mental dos indivíduos. Nesses casos, eles podem recorrer ao psicólogo. “Essa procura é mais comum quando o indivíduo ou a família reconhece que os recursos disponíveis para eles lidarem com a problemática em questão são insuficientes”, explica a professora do Departamento de Psicologia da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas, Delba Barros.

Medicina – quarta-feira (10/07/2013)

Apesar de o diagnóstico e o tratamento de doenças serem fundamentais na prática médica, a atuação do profissional não se resume a essas duas atividades, afinal, o médico também lida com pessoas. Para Alamanda Kfoury, coordenadora do Colegiado da Faculdade de Medicina da UFMG, “é um papel social, na medida em que ele é um agente de educação, capaz de mudar a opinião pública relacionada ao entendimento de saúde e doença.” Por isso, a importância de ampliar esses conceitos, promovendo uma mudança de comportamento na população.

Enfermagem – quinta-feira (11/07/2013)

Seguindo a linha de pensamento da professora Alamanda, a professora da Escola de Enfermagem, Maria José Grillo, destaca a perspectiva atual de prevenção e promoção da saúde. “O profissional entra na vida da pessoa para mudar comportamentos prejudiciais, mas não é fácil. Às vezes, é preciso, inclusive, lidar com a própria frustração de não ter atingido esse objetivo, o que pode ser tão difícil quanto lidar com casos de óbito, presentes na rotina da profissão”.

Fonoaudiologia – sexta-feira (12/07/2013)

Já a professora do Departamento de Fonoaudiologia da Faculdade de Medicina, Juliana Santos, observa que os campos de atuação para os profissionais da área são amplos e vão muito além do estudo da fala. Voz, audição, linguagem, saúde coletiva e fonoaudiologia educacional são algumas das especialidades em que eles podem trabalhar. Na UFMG, as aulas do curso se dividem entre os campi Saúde e Pampulha. “Embora originalmente tenha grande ênfase na área da saúde, nos hospitais e ambulatórios, hoje o fonoaudiólogo tem outras opções e, por isso, ele precisa de uma base multidisciplinar”, reforça Juliana.

Imagem: Reprodução Internet

Sobre o programa de rádio

O Saúde com Ciência é produzido pela Assessoria de Comunicação Social da Faculdade de Medicina da UFMG e tem a proposta de informar e tirar dúvidas da população sobre temas da saúde. De segunda a sexta-feira, às 5h, 8h e 18h, ouça o programa na rádio UFMG Educativa, 104,5 fm. Ele ainda é veiculado em 29 emissoras de rádio em Minas Gerais. Também é possível conferir as edições pelo site do Saúde com Ciência.