Seminário resulta em propostas para doença falciforme
28 de junho de 2012
Com espaço para discussão e construção coletiva, foi encerrado, na tarde dessa quarta-feira, 27, o seminário “Saber para cuidar: doença falciforme na escola”.
“Ainda estamos na primeira fase, de articulações politicas. Precisamos estabelecê-las muito bem, quais os papéis de cada um, e conhecer os equipamentos existentes para fortalecer a proposta”, afirmou Cristiane Rust, coordenadora do Centro de Educação e Apoio Social do Nupad (Ceaps).
Para dar encaminhamento ao projeto, algumas propostas de metodologias foram apresentadas por Cristiane.“É importante sensibilizar gestores, diretores, professores, profissionais e coordenadores de programas que já existem”, mencionou. O uso da educação à distância para capacitação e produção de material didático também foi apontado. “Também precisamos mostrar aos professores que existem programas para apoiá-lo, não só sobre a doença falciforme, mas sobre outras doenças crônicas”, destacou Cristiane.
A partir das apresentações e discussões do seminário, também foram definidas três temáticas principais a serem trabalhadas: as peculiaridades da doença falciforme, a relação entre a escola e família, e a diversidade no ambiente escolar. Cristiane também agradeceu a motivação e a contribuição de todos os participantes do seminário. “Estamos construindo esse projeto juntos. Todos os presentes são engajados e têm muito a contribuir para as reflexões em conjunto”, ressaltou.
Nélio Januário, coordenador do Nupad e do evento, reafirmou ainda a importância do apoio institucional do Ministério da Saúde e das secretarias estaduais de Educação e Saúde. “Com essa parceria, podemos pensar em Minas Gerais, que são 6.500 pessoas com doença falciforme. É impossível tocar um projeto dessa magnitude sem um apoio institucional desse porte”, agradeceu.
Conheça algumas das pré-definições para o projeto Saber para cuidar:
-Não focar na criança doente, pois o aluno com doença falciforme não está o tempo todo doente.
– Inserir a questão do racismo e bullying.
– Trabalhar com programas já existentes que possam somar ao trabalho, como o Programa de Intervenção Pedagógica (PIP), Serviço de Apoio à Inclusão (SAI) e Programa Saúde na Escola (PSE).
– Estimular a implantação da classe hospitalar e domiciliar.
– Apropriar da legislação da educação pelas instituições e sujeitos envolvidos
– Promover discussões acerca dos limites éticos.
– Valorizar os espaços e atividades de lazer na escola
– Iniciar o trabalho com município de Belo Horizonte, que tem grande número de pacientes e articulações políticas mais avançadas.
– Atuar nos municípios que participam do projeto de capacitação Linha de Cuidados ou que tenham o PSE já esta estruturado.
– Trabalhar em parceria com o controle social, para reforçar os direitos e deveres da família, valorizando a importância da educação.
– Fortalecer com as famílias a autonomia da pessoa com doença falciforme.
Para mais informações sobre o projeto, envie um e-mail para saberparacuidar@hotmail.com.