Conheça o acretismo placentário, uma das principais causas de morte materna


24 de maio de 2023


O acretismo placentário é uma importante causa de mortalidade materna no mundo. Tais mortes podem ser evitadas com o pré-natal de qualidade e profissionais atentos à placenta das gestantes com histórico de cesarianas, como explica especialista da Faculdade de Medicina da UFMG.

A doença ocorre quando a placenta fica mais aderida ao útero que o normal durante a gestação, causando uma grande hemorragia na hora do parto. Segundo o International Journal of Ginecology and Obstetrics, a incidência do acretismo na década de 1950 era de 1 para cada 30.000 partos. Atualmente, as ocorrências são de aproximadamente 1 para cada 500, a depender do local [dados da literatura médica].

“Sabemos que o principal fator de risco é uma cirurgia uterina prévia. E a cirurgia uterina mais comumente realizada é a cesariana”, aponta o chefe do Departamento de Ginecologia e Obstetrícia (GOB) da UFMG, Gabriel Osanan. “Não estou dizendo que a cesariana é um procedimento ruim, ela pode salvar vidas. Mas essa é uma possível complicação de uma cesariana em gestações futuras. Por isso, deve sempre ser bem indicada. E se a gestante já fez uma cesariana, temos que nos atentar ao risco de ter acretismo”, enfatiza.

O pré-natal é essencial: além de identificar um possível acretismo, o profissional poderá encaminhar a paciente a um centro de tratamento especializado e fazer os demais procedimentos. “Quando o pré-natal não se atentou aos sinais de acretismo ou não foi feito pré-natal os partos ocorrem na urgência. É o pior cenário. Você vai ter um hospital despreparado e muito mais dificuldades”, afirma.

Saiba mais no site da Faculdade de Medicina.