Em carta aberta, especialistas convocam pais e outros responsáveis a vacinar as crianças contra a covid


04 de março de 2022 - , , , , , ,


Mais de 2,5 mil crianças brasileiras morreram de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) desde o início da pandemia, sendo o coronavírus o principal agente, de acordo com o Ministério da Saúde. E apesar de já haver vacinas eficazes e seguras para esta população, a imunização infantil contra a covid-19 está abaixo do esperado no país. Para o professor do Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Medicina da UFMG, Unaí Tupinambás, é importante o debate mais técnico e menos politizado sobre a segurança dos imunizantes afim de diminuir os receios dos pais e aumentar o número de crianças protegidas contra a doença.

Foi pensando nisso que Unaí, membro dos comitês de enfrentamento à covid-19 na UFMG e na Prefeitura de Belo Horizonte, além de coordenar diversos projetos de pesquisa e extensão na Faculdade para enfrentamento da pandemia, junto ao professor da Faculdade de Saúde e Ecologia Humana e Emérito da Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais, José Geraldo Leite Ribeiro, divulgaram uma carta aberta aos pais, mães e responsáveis pelas crianças de até 11 anos de idade.

“Mostramos a segurança das vacinas, através de artigos publicados, com o objetivo de sensibilizar as mães e pais sobre a importância da vacina em prevenir casos graves, a síndrome inflamatória multissistêmica na pediatria, além da covid longa”

Afirma o professor Unaí Tupinambás

O documento, que pode ser acessado clicando aqui, debate as principais questões de apreensão que tem sido levantadas, destacam-se: o tempo de desenvolvimento dos imunizantes; sobre não serem vacinas experimentais, a segurança e possíveis eventos adversos. Nestes, inclui-se a miocardite que tem muito mais chances de surgir após a doença. Além disso, ressalta-se o número de óbitos causados pela covid em crianças, que é muito maior do que todas as outras doenças imunopreviníveis com vacina. “Nunca uma vacina para esta faixa etária foi tão estudada e avaliada na vida real”, declaram na carta.

Os especialistas finalizam com um apelo aos responsáveis para que levem os filhos às Unidades Básicas de Saúde ou a um posto de vacinação para imunização das crianças e contribuição pelo fim da pandemia.

Leia a carta aberta na íntegra.

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