Encontro de Pediatria promove debate sobre os aprendizados dos últimos anos e as perspectivas para projetos futuros

Nesta quarta-feira, 1º de junho, o Departamento de Pediatria (PED) da Faculdade de Medicina realizou o seu 31º Encontro anual trazendo como tema “Conectando histórias, afetos e ideias”. A programação foi elaborada com o objetivo de promover a conexão entre os docentes, apresentação das experiências dos últimos anos, inclusive durante a pandemia de covid, e o debate sobre projetos em desenvolvimento e as oportunidades a partir de todos os aprendizados.

“O trabalho colaborativo, interdisciplinar e respeitoso é o que mantem essas mais de três décadas de Encontro”, ressaltou a chefe do PED, professora Laura Maria Lasmar, que seguiu agradecendo à contribuição de cada docente na construção desse momento e do próprio Departamento.

A vice-diretora da Faculdade e professora do PED, Cristina Alvim, acrescentou que o Encontro também é importante para a construção do ensino, da extensão e pesquisa da Instituição. Mas, além disso, para a construção dos laços afetivos e do sentimento de pertencimento. “É bom lembrar que esses laços e afetos não significam que somos todos iguais. Pelo contrário. Somos diversos, com possibilidades infinitas e inúmeros caminhos abertos. E é também por isso a importância de convidar diferentes pessoas para contribuir nesse diálogo”, discorreu. “Esse é um momento de reflexão, renovação e ressignificação. É um convite a refletir sobre o papel da universidade no país, ainda mais nesse momento em que crianças e adolescentes enfrentam tantas adversidades”, completou.

“Agora é hora de olhar para fora. Temos a oportunidade de trabalhar esse olhar da Universidade para o exterior, como ilustra essa foto da janela da nossa câmara departamental que está na imagem de divulgação”, pontuou a professora Márcia Gomes Penido Machado, vice-chefe do Departamento de Pediatria.

Programação Híbrida

O Encontro do Departamento de Pediatria é realizado há 32 anos, mas devido à pandemia, não aconteceu em 2020 e 2021. Por isso, neste ano, foi chamado de reencontro. E, desta vez, a programação foi realizada de forma híbrida, com momentos de reunião online e outros presenciais.

Entre os temas abordados, estavam as perspectivas para o ensino na UFMG e na área da saúde, apresentados pela professora Benigna Maria de Oliveira, pró-reitora de Graduação da Universidade gestão 2018-2022. “Não há como debatermos sem fazer a contextualização da pandemia, que é uma das grandes questões que têm sido levantadas. Desde o início da tomada das ações de enfrentamento e adaptações diante da covid, seguíamos alguns princípios que acredito que devem continuar sendo prioridades: segurança, equidade e qualidade, além de ter atenção à legislação vigente”, afirmou.

“Nosso objetivo é formar bons médicos, mas também bons cidadãos”, lembrou Benigna, seguindo com a elucidação sobre as diferentes formas vivenciar a graduação, citando as disciplinas de formações transversais como exemplo de integração da formação do profissional e do cidadão. Também discorreu sobre os projetos de ensino-aprendizagem dos cursos de graduação, como as diretrizes, os tipos, o objetivo e a importância desses projetos. E ainda destacou a extensão, tanto pela relevância das ações de cada projeto quanto como formas de articulação com os estudantes e de aproximá-los mais da Universidade, promovendo o sentimento de pertencimento mesmo também durante a pandemia e a suspensão das atividades presenciais. “É uma troca. Contribui para a formação dos estudantes, mas também para nossa própria formação como docentes”.

As trocas também estiveram em evidência na apresentação da professora Maria do Carmo Barros de Melo durante sua apresentação sobre as possibilidades das tecnologias no ensino e na prática profissional. “Temos que buscar uma prática interprofissional. E para formar esse profissional para o futuro faz necessário debater sobre as possibilidades de tecnologias no ensino e na prática profissional”, apontou a professora, que comentou sobre as experiências da Faculdade na implementação dos diferentes recursos da tecnologia e sobre as possibilidades futuras.

Além disso, Maria do Carmo lembrou que a grande carga horária do curso de Medicina é uma das principais questões mencionadas pelos estudantes e citou que os usos de recursos tecnológicos poderiam ser inseridos como solução. “Como são muitos conhecimentos para serem adquiridos durante o curso, a tecnologia pode auxiliar nesse processo cognitivo. Por isso, também há outras áreas, como computação, que podem contribuir no curso médico”, disse. E, ao final, ela defendeu que a tecnologia, ensino, pesquisa e saúde caminhem juntos, além de que isso seja feito desde o primeiro período para que o aluno saia da Faculdade ainda mais preparado.

O Encontro ainda continuou pela manhã e com programação até o final da tarde.