Liase se junta a mais de 60 ligas na promoção do congresso sobre saúde integrativa e espiritualidade

Entre os dias 3 e 5 de junho, acontece o Congresso Brasileiro de Saúde Integrativa e Espiritualidade (Conbrasie 2021). É um evento multidisciplinar online, gratuito e aberto ao público. A organização conta com a Liga Acadêmica de Saúde e Espiritualidade (Liase) da Faculdade de Medicina da UFMG e outras mais de 60 ligas de diferentes instituições do país. Segundo os realizadores, esse é o maior encontro de 2021 de extensão e ligas acadêmicas da área da saúde voltados à temática. As inscrições para participar ou submeter trabalhos podem ser feitas até 1º de junho. Haverá emissão de certificado.

“O evento é aberto para todos e todas. Podem participar estudantes, profissionais em atuação, e agentes produtores de conhecimento e práticas nos territórios”, conta a estudante de Medicina e coordenadora discente da Liase, Susany Anastácia, que destaca a experiência como uma relevante oportunidade de intercâmbio sobre múltiplas práticas relacionadas ao tema. “Este congresso é uma importante forma de divulgação sobre saúde integrativa e espiritualidade, de pesquisas nesta área e uma grande oportunidade de trabalhar tal discussão de forma mais ampla”, ressalta o professor Rubens Tavares, do Departamento de Ginecologia e Obstetrícia e coordenador da Liase.

As palestras abordarão temáticas relacionadas à saúde integrativa, não só no campo da espiritualidade, como também das Práticas Integrativas e Complementares no SUS e da saúde coletiva. Entre os palestrantes há Ricardo Ghelman, Adalberto Barreto e Monja Coen Roshi. Além disso, haverá uma mostra artística e cultural. E ainda há uma programação para os dias 22 e 23 de junho com a mostra científica. Acesse todas as informações nas redes sociais do Congresso (clique aqui).

O professor Rubens comenta que a saúde integrativa é uma abordagem para saúde e bem-estar que tem crescido, além de estar sendo cada vez mais explorada na análise de seus potenciais em uma variedade de situações. De acordo com ele, a saúde integrativa sugere o uso de abordagens convencionais e complementares juntos em uma forma coordenada, por exemplo disponibilizar o uso da meditação para distúrbios do sono ou como uma medida anti-estresse em pacientes com hipertensão arterial (não se preconiza a interrupção do anti hipertensivo mas o uso integrado deste tratamento complementar como mais uma ferramenta terapêutica para a melhoria da saúde, com ênfase no tratamento da pessoa inteira).

A espiritualidade, por sua vez, “tem sido definida como sensibilidade ou apego aos valores religiosos ou às coisas do espírito em oposição aos interesses materiais ou mundanos”. “Assim, a relação entre a espiritualidade e a saúde integrativa é muito intensa, tendo ambas preconizado uma avaliação por completo do ser humano, e não apenas de suas partes e órgãos isolados”, afirma Rubens.

Essa relação tem sido tema de discussão, pesquisas e estudos do Núcleo Avançado de Saúde, Ciência e Espiritualidade (Nasce) da Faculdade de Medicina da UFMG, desde sua criação em 2006. “Assim, temos, por exemplo, o Programa Terapias Complementares, registrado no Siex e aprovado no Departamento de Ginecologia e Obstetrícia, o qual contém projetos de ensino, pesquisa e extensão como o kundalini Yoga, Acupuntura, Liga Acadêmica de Saúde e Espiritualidade (Liase), os quais tem promovido esta associação da espiritualidade e saúde integrativa, no intuito de ser mais uma possibilidade terapêutica complementar (sem interromper o uso da medicina convencional) para alívio e melhoria do estado de saúde humana”, discorre o professor, também coordenador do Nasce.