Menstruação suspensa por anticoncepcionais não compromete a saúde
Especialista afirma que interromper a menstruação, por meio de contraceptivos hormonais, não compromete a saúde da mulher
21 de setembro de 2018
Especialista afirma que interromper a menstruação, por meio de contraceptivos hormonais, não compromete a saúde da mulher e pode até melhorar sua qualidade de vida
Carol Prado*
As pílulas anticoncepcionais ajudaram a promover saúde e emancipação à mulher. Poder escolher se ou quando engravidar, além de menstruar ou não, são exemplos de possibilidades da utilização desses hormônios. A menstruação é uma situação específica de cada mulher e pode acontecer de forma sutil ou incômoda, por isso a importância da possibilidade de escolha.
“Existem pesquisas com mais de 20 anos de seguimento mostrando que as mulheres podem ficar sem menstruar por longos períodos, sem prejuízos à saúde”, afirma a professora do Departamento de Ginecologia e Obstetrícia da Faculdade de Medicina da UFMG, Ana Luiza Lunardi. “O que não pode acontecer é a menina que não está ficando menstruada, sem usar medicação nenhuma. Isso não é normal e pode causar problemas à saúde”, pondera.
Ana Luiza também lembra a importância de ter responsabilidade no uso desses anticoncepcionais, como o Dispositivo Intrauterino (DIU) hormonal, injeção, adesivos e as próprias pílulas. A escolha do medicamento deve ser feita entre o médico e a paciente, levando em consideração as especificidades e desejos dela. Algumas mulheres não podem usar hormônios e há ainda as que fazem essa utilização para tratar a tensão pré-menstrual (TPM), ovários policísticos e outros quadros.
Diminuição da libido
O uso das pílulas anticoncepcionais é motivo de queixa entre algumas mulheres devido à perda da libido, de acordo com a professora Ana Luiza. Ela explica que o problema pode ser resolvido com a troca do anticoncepcional ou do método hormonal. Caso não seja suficiente, a mulher pode optar por um método não-hormonal, como o DIU de cobre. Esse e o DIU mirena, o contraceptivo adesivo ou a injeção podem ser alternativas às mulheres com problemas hepáticos ou que têm dificuldades em manter a periodicidade da pílula.
Sobre o programa de rádio
O Saúde com Ciência é produzido pelo Centro de Comunicação Social da Faculdade de Medicina da UFMG e tem a proposta de informar e tirar dúvidas da população sobre temas da saúde. Ouça na Rádio UFMG Educativa (104,5 FM) de segunda a sexta-feira, às 5h, 8h e 18h.
O programa também é veiculado em outras 187 emissoras de rádio, distribuídas por todas as macrorregiões de Minas Gerais e nos seguintes estados: Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe, Tocantins e Massachusetts, nos Estados Unidos.
*Carol Prado – estagiária de Jornalismo
Edição: Lucas Rodrigues