Telehomecare: eliminar barreiras e aprimorar saúde


09 de dezembro de 2009


Projeto da UFMG na área do telemonitoramento em casa pode derrubar barreiras geográficas entre profissionais de saúde e diabéticos, mas existem outros projetos de diferentes países


Amanhã, 10 de dezembro, das 15h às 16h30,
durante o IV Congresso Brasileiro de Telemedicina e Telessaúde, serão apresentadas experiências e projetos desenvolvidos pela UFMG e por várias outras instituições do Brasil e do exterior. Em comum elas têm o objetivo de aprimorar o acompanhamento contínuo do quadro de pacientes em estado agudo, tais como diabéticos e hipertensos.

Conhecida como Telehomecare ou Monitoramento de Cuidados Domiciliares, a prática prevê a uso de equipamentos portáteis simples e de fácil manuseio – como medidores de pressão e da glicose sanguínea – pelo próprio paciente ou com o auxílio de profissionais de saúde, e posterior transmissão dos dados coletados a hospitais ou centrais, por meio do uso da web, com auxílio de aparelhos eletrônicos.

Integram o Painel Experiências em Telehomecare os especialistas Ernesto Dal Grande, da Sociedade Canadense de Telemedicina, Luis Gonçalves, coordenador da Telemedicina para a Região Alentejo (Portugal), o professor Cláudio de Souza, coordenador do Núcleo Minas Gerais do Programa Nacional de Telessaúde e do Núcleo de Telessaúde da Faculdade de Medicina da UFMG, Luiza Dal Ben (USP), Raul Cutait (Hospital Sírio-Libanês) e Sibele Ferreira, da Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte.

O projeto da UFMG

Por meio de uma parceria entre a UFMG e a Secretaria Municipal de Saúde, o projeto proposto pela Faculdade de Medicina pretende viabilizar o monitoramento, a princípio de casos de difícil controle de pacientes com diabetes da rede básica de Saúde de Belo Horizonte.

Os usuários – cerca de 20 mil previstos no projeto piloto – receberão equipamentos como um glicosímetro digital, que permite medir a taxa de glicose no sangue; e um esfignomanômetro, cuja função é medir a pressão arterial.

Algumas pessoas podem receber ainda um aparelho que possibilita examinar o olho em profundidade, a distância – o retinógrafo midriático –, considerando que o diabetes pode ocasionar problemas na retina.

Após as medições, orientadas por uma Equipe de Saúde da Família, o diabético envia a informações pela internet ao centro de saúde, descarregando os dados em um computador, ou até mesmo pelo celular.

Uma vez interpretados por sistemas computadorizados ou por profissionais de saúde, as centrais emitem alertas ao paciente quanto à necessidade de prestar atenção a seus hábitos cotidianos – alimentares, por exemplo – e a recomendações médicas prévias, como exercícios físicos.

O assistido pelo Telehomecare pode ainda ser avisado sobre a necessidade de entrar em contato com seu médico, ou mesmo ser procurado em sua casa por ele, após a interpretação dos sinais enviados.

“Todo esse processo exige habilidades de informática simples, e os aparelhos envolvidos são de fácil manuseio”, garante o coordenador do Nutel, professor Cláudio de Souza. “O projeto que apresentamos ao Ministério, de qualquer maneira, prevê uma capacitação mínima para que as pessoas possam usar os equipamentos e transmitir as informações ao centro de saúde”, completa.

Os custos iniciais, previstos para o projeto piloto, giram em torno de R$15 milhões. O projeto está em fase de apreciação e aprovação do Ministério e, se implantado, pode dar origem a iniciativas de monitoramento de cuidados domiciliares para toda a população diabética da capital. “Pode até mesmo abranger outros tipos de doenças crônicas, sobretudo as que acometem a população idosa, crescente no Brasil”, destaca Souza.

SERVIÇO

IV Congresso Brasileiro de Telemedicina e Telessaúde e II Workshop do Laboratório de Excelência e Inovação em Telessaúde – América Latina e Europa
DATA
: 9 a 12 de dezembro
LOCAL
: Dayrell Hotel. Rua Espírito Santo, 901 – Centro. Telefone para contato no Dayrell (31) 3248-0200
HORÁRIO: 8h às 18h30

Mais informações: www.telessaude2009.com.br ou (31) 3409 9636 e (31) 3409 9939.

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Redação:  Assessoria de Comunicação do Nescon/Faculdade de Medicina