Acidentes com aranhas (Araneísmo)
Os acidentes causados por aranhas configuram-se como um problema de saúde pública, ocorrendo com maior frequência durante o verão.
No Brasil há três tipos de aranhas que causam sintomas graves que necessitam de avaliação médica. São elas Aranha-marrom (Loxosceles), Aranha armadeira ou macaca (Phoneutria) e Viúva-negra (Latrodectus). As três possuem hábitos noturnos e podem se esconder em telhas, tijolos, entulhos, sapatos, atrás de móveis, sob vasos e outros locais com pouca movimentação, como jardins, frestas e sob cadeiras.
Picadas de aranha-armadeira podem causar dor imediata no local, e, em crianças, podem haver manifestações graves, como suor intenso, vômitos, diminuição da pressão, tremores, palpitação e palidez. Picadas de aranha-marrom são quase sempre imperceptíveis e podem gerar dor em queimação e lesão endurecida. Já a viúva-negra possui uma picada caracterizada por dor no local, de pequena intensidade, que evolui para sensação de queimação, movimentações involuntárias do local (contrações musculares) e alterações nos batimentos do coração.
Em caso de acidente, deve-se:
- Lavar o local da picada;
- Usar compressas mornas, pois ajudam no alívio da dor;
- Elevar o local da picada;
- Procurar o serviço de saúde mais próximo imediatamente;
- Quando possível, levar o animal ou foto dele para identificação;
- Para prevenir acidentes com aranhas, é importante:
- Manter jardins, quintais e regiões da casa limpos. Evitar acúmulo de folhas secas, entulho e lixo doméstico em casa;
- Ter cuidado com crianças em terrenos baldios ou em construções;
- Sacudir roupas e sapatos antes de usá-los;
- Não permitir que crianças coloquem as mãos em buracos, sob pedras e troncos podres;
- Afastar as camas e berços das paredes. Evitar que roupas de cama e mosquiteiros encostem no chão;
- Vedar frestas e buracos em paredes, assoalhos e vãos entre o forro e paredes e consertar rodapés despregados;
Na consulta
O médico pode solicitar exame de sangue e possivelmente exames de imagem e do coração(eletrocardiograma). Em casos mais graves, o paciente pode necessitar de um soro específico como tratamento.
Referências usadas para esse verbete:
www.saude.gov.br/saude-de-a-z/acidentes-por-animais-peconhentos-aranhas
Chagas, Flávia Bernardo, Fernanda Maurer D’Agostini, and Vilma Betrame. “Aspectos epidemiológicos dos acidentes por aranhas no Estado do Rio Grande do Sul, Brasil.” Evidência Joaçaba 10.1 (2010): 121-30.