Segurança da Criança e do Adolescente

APRESENTAÇÃO

O eixo Segurança da Criança e do Adolescente faz parte do programa de extensão “Observatório da Saúde da Criança e do Adolescente”, do Departamento de Pediatria da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Tem como objetivo acompanhar a ocorrência dos acidentes que acometem crianças e adolescentes e suas consequências para propor ações preventivas e formular medidas educativas específicas.

Equipe Atual: 

Romina Aparecida dos Santos Gomes (Coordenadora)

Introdução

No Brasil, as causas externas – Acidentes e Violência – foram responsáveis por 158.657 óbitos em 2017, segundo o Datasus. Em menores de 19 anos de idade, tem-se o registro de cerca de 23.000 mortes por ano, ou 30 mortes para cada 100.000 habitantes. Estima-se que, para cada morte por acidentes e violência, tem-se de dez a vinte crianças e adolescentes que sofrem traumas intencionais e não intencionais que não são registrados, mas com grande possibilidade de deixarem danos, físicos e/ou psíquicos.

Acidentes representam hoje a principal causa de morte de crianças de um a 14 anos no Brasil. Todos os anos, cerca de 3,6 mil crianças dessa faixa etária morrem, sendo as maiores causas os atropelamentos e afogamentos. Outras 111 mil são hospitalizadas devido a essas causas no país, mais da metade por quedas e queimaduras.

Observa-se que a epidemiologia dos acidentes varia de acordo com o desenvolvimento psicomotor da criança e do ambiente em que as mesmas estão inseridas. Considerando a idade como importante preditor de risco podemos verificar que os tipos de acidentes e lesões variam de acordo com faixa etária. Lactentes até um ano de idade estão sob maior risco de lesões por sufocação e asfixia, aspiração de corpos estranhos, queimaduras (água quente no banho, cigarros dos cuidadores), afogamento e acidentes automobilísticos.

Lactentes maiores de um ano e pré-escolares têm maior risco de óbito em acidentes secundários a afogamento, colisão de veículos, queimaduras por fogo ou escaldadura e sufocação, especialmente devido a inabilidade motora de controle corporal e de capacidade de julgamento dos riscos associados a atividades lúdicas então adquiridas. O ganho da autonomia motora e a participação de atividades sociais próprias da idade escolar, levam ao maior risco de acidentes secundários a atropelamentos, acidentes com bicicleta e afogamento. Em adolescentes, acidentes automobilísticos (como pedestres ou ocupantes de veículos) lideram a causa de óbito também nesta faixa etária. Esses aparecem ainda acidentes relacionados a violência secundária ao uso de arma de fogo e drogas lícitas e ilícitas assim como as quedas, queimaduras, afogamento e envenenamento.

ESTRATÉGIAS

  • Promover campanhas preventivas contra: acidentes domésticos, afogamentos e acidentes com pipas durante as férias, acidentes com fogos de artifício em festas juninas, entre outros.
  • Organizar um calendário anual de eventos relacionados com a segurança da criança e do adolescente e respectivas ações educativas.
  • Produzir e divulgar material educativo em diferentes ambientes e oportunidades (ambulatórios, hospitais, mídia, etc).
  • Trabalhar em parceria com os órgãos envolvidos na segurança da criança e do adolescente, tendo como base estudos realizados em serviços de saúde, centros educacionais e domicílios.
  • Manter atualizados os temas veiculados pela mídia escrita/falada e redes sociais, por meio da indicação de literatura científica e sites confiáveis.

ATIVIDADES REALIZADAS

  • I Observaped Itinerante
  • II Observaped Itinerante – veja matéria da TV UFMG: clique aqui.
  • Participação do XV Congresso Mineiro de Pediatria
    Aula: PREVENÇÃO DE ACIDENTES COMO PRÁTICA DE PROMOÇÃO À SAÚDE DA CRIANÇA. Profª Marislaine Lumena.
    Prêmio Ênio Leão de Pediatria ao trabalho: “PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS ACIDENTES POR INTOXICAÇÃO EXÓGENA EM MINAS GERAIS NA FAIXA ETÁRIA DE 0 À 19 ANOS DURANTE O PERÍODO  DE  2010-2017.”
  • Participação, junto com a Sociedade Mineira de Pediatria, da elaboração e aprovação da Lei Nº 10.834, de 27 de Julho de 2015 no município de Belo Horizonte.
    Lei proíbe uso de andadores em creches e escolas em Belo Horizonte
  • Colaboração no processo de regulamentação da restrição da venda de álcool líquido. Clique aqui

MATERIAL DE INTERESSE

  1. Publicações
    Queimadura Infantil- Informativo 1.2018
    Como Soltar Pipa Segura?- Informativo 2.2018
    Link da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) sobre acidentes domésticos
    Link para acesso à Cartilha da SPB sobre prevenção de acidentes em crianças de 3 a 5 anos
    Link para acesso à Cartilha da SPB sobre prevenção de acidentes em crianças a partir dos 5 anos
  2. Links de interesse geral
    criancasegura.org.br
    Blog com materiais sobre prevenção de acidentes em crianças e adolescentes em casos específicos
    Link do Departamento de Segurança da SBP
  3. Links específicos
    Quedas
    Jornal Estado de Minas: http://www.em.com.br/app/noticia/gerais/2015/07/28/interna_gerais,672873/lei-proibe-uso- de-andadores- em-creches- e-escolas- em-belo- horizonte.shtml
  4. Vídeos (os vídeos estão baseados nos trabalhos da ONG “Criança Segura”)Cuidado com a janela
    Afogamento
    Choques elétricos
    Segurança para o pedestre
    Uso de capacetes e de joelheiras
    Sufocação
    Segurança no automóvel
    Intoxicação por sólidos
    Intoxicação por líquidos
    Queimaduras na cozinha
  5. Galerias de fotos
    Observaped Itinerante