Medo

O medo faz parte do desenvolvimento infantil e os fatores que causam medo se modificam ao longo dos anos. No primeiro semestre de vida, ruídos intensos e perda de suporte mecânico, que geram desequilíbrio, tendem a provocar medos frequentes. No segundo semestre de vida, os medos principais são o de estranhos, o de distância ou o da ausência dos pais ou cuidadores – ansiedade de separação – ou, ainda, os de machucados e altura. Entre o segundo e o quarto ano de vida persistem os medos de barulho e escuro e os medos sociais, como os de estranhos, de distância dos pais e de animais. Por volta do quinto ano de vida, além desses, tende a se intensificar o medo de seres sobrenaturais – como monstros, vampiros, fantasmas e bruxas – bem como o de dormir sozinho. Fenômenos da natureza – como tempestades e relâmpagos – costumam, também, causar medo nas crianças. Nos anos escolares, surgem os medos de acontecimentos veiculados pela mídia, como o dano corporal e, até mesmo, o medo da morte. Medos associados à escola também passam a surgir – como o de provas e de apresentações de trabalhos escolares. Pode ocorrer também o medo de ir à escola causado pelo bullying. Nesse caso o envolvimento da equipe pedagógica e dos colegas é essencial para a solução do problema.

Os medos constituem elementos de preservação e sobrevivência. Entretanto, quando se tornam comprometedores do desenvolvimento e da qualidade de vida da criança, o atendimento por especialistas é a conduta mais adequada.

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