Pesquisa busca voluntários para avaliar impactos da pandemia na saúde mental
A Faculdade de Medicina é uma das instituições responsáveis pelo estudo. Participe respondendo ao questionário online
29 de junho de 2020
Para verificar a ocorrência de doenças psíquicas e como diagnósticos prévios dessas doenças estão diante da pandemia, o estudo “Influência da Covid-19 na Saúde Mental da População Brasileira e de seus Profissionais de Saúde” busca por voluntários. Qualquer adulto brasileiro pode participar, por meio de questionário online disponível neste link. O questionário traz perguntas sobre a história de vida, saúde, hábitos, sentimentos e comportamentos de antes e durante a pandemia.
A realização do estudo é uma parceria entre a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), Associação Brasileira de Impulsividade e Patologia Dual (ABIPD) e a Faculdade de Medicina da UFMG. Mais de 3 mil pessoas já responderam ao questionário, mas é necessário ter um número ainda maior.
De acordo com Débora Marques de Miranda, professora do Departamento de Pediatria da Faculdade de Medicina da UFMG e membro da equipe do estudo, a população deve ser representativa quanto às diferentes regiões, gêneros e as diversas situações da pandemia.
A professora reforça, ainda, que este é um “momento agudo da vivência do estresse e é importante observamos se houve impacto”. Assim, além de verificar os quadros de ansiedade, depressão e estresse pós-traumático já esperados devido à pandemia, será avaliado como pessoas com diagnósticos prévios estão lidando com este fator estressor.
Resultados
A coleta das respostas será interrompida quando houver redução do número de casos e óbitos por covid-19. Por isso, ainda não há uma data de conclusão do estudo. Ao término, será feita uma síntese de evidências e publicada em revistas nacionais e internacionais indexadas.
Segundo a professora Débora, os resultados servirão “de suporte às decisões de instituições públicas e serão comparáveis aos dados de outros países”. “A comparação pode ser, inclusive, importante para conhecermos particularidades de países como o Brasil, considerados de renda média ou baixa”, destaca.
Ela informa, ainda, que os participantes recebem um relatório como retorno sobre seu quadro, desde que manifeste o interesse. Além disso, o estudo incluirá na análise as respostas dos mesmos participantes após seis, 12 e 18 meses, pois é possível que os impactos da pandemia perdurem, minimizem ou só apareça tempos depois de se encerrar, como explica a pesquisadora.
Mais informações em: www.bit.ly/covid19esaudementalnoBrasil