Pesquisa vai mapear percepção da comunidade sobre deficiência, inclusão e acessibilidade

Estudantes, professores e técnicos-administrativos podem responder questionário on-line até 30 de setembro.


15 de setembro de 2023 - , ,


Piso tátil é uma das intervenções do projeto de melhoria das condições de acessibilidade do campus Montes Claros
Piso tátil é uma das intervenções que favorecem a acessibilidade; na imagem, piso acessível no campus Montes Claros. Foto: Ana Cláudia Mendes | UFMG

Com objetivo de mapear a percepção que integrantes da comunidade universitária têm em relação à deficiência, à inclusão e à acessibilidade, o projeto Processos comunicacionais e estratégicos sobre a deficiência na UFMG, coordenado pela professora Regiane Lucas Garcêz, do Departamento de Comunicação Social da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas (Fafich) da UFMG, elaborou um questionário que pode ser respondido on-line e de forma anônima.

Segundo a professora Regiane, o objetivo da pesquisa é compreender como os diferentes públicos da UFMG lidam, interpretam e reconfiguram a temática da deficiência em suas rotinas. “O questionário vai traçar, em particular, um panorama sobre o grau de conhecimento da comunidade universitária acerca das políticas públicas em acessibilidade e inclusão que a universidade promove, identificar o grau de conhecimento sobre o Núcleo de Acessibilidade e Inclusão (NAI) e suas funções, o entendimento do conceito de deficiência e a percepção sobre a acessibilidade no campus”, diz.

O questionário é anônimo, está acessível em Libras e leitores de tela. A pesquisa pode ser respondida até 30 de setembro, e as pessoas que se dispuserem a respondê-la não serão identificados em nenhum momento.

Regiane integra o Grupo de Pesquisa em Mídia e Esfera Pública
Regiane: comunicação pública horizontal é caminho para acessibilidade Foto: Grupo de Pesquisa em Mídia e Esfera Pública I UFMG

Ferramenta
Regiane Lucas explica que a acessibilidade e a inclusão de organizações públicas, como a UFMG, dependem de uma comunicação horizontal e capaz de incorporar todas as vozes dos diferentes públicos da organização. “Por isso, qualquer processo de inclusão em organizações públicas deve passar pelo processo de comunicação, pois é a comunicação que vai engajar as pessoas nas ações de inclusão.”

Ela acrescenta que, para que as pessoas se sintam responsáveis pela inclusão e pela acessibilidade, é necessário que as ações de comunicação gerem mobilização social e engajamento. “Pessoas que compreendem a deficiência como algo individual e de responsabilidade do sujeito se engajam menos e não percebem a deficiência como uma condição que afeta a sociedade. Por sua vez, quem vê a deficiência como algo social, como barreiras impostas pela própria sociedade, entende que a questão é coletiva. Daí a importância de apurarmos a percepção da comunidade universitária sobre o assunto.”

O questionário é apenas uma das etapas da pesquisa, que também vai realizar entrevistas e formar grupos focais, o que possibilitará uma análise qualitativa e quantitativa sobre a compreensão da comunidade universitária sobre o tema. Os resultados serão analisados e encaminhados ao NAI para, posteriormente, subsidiarem políticas de acessibilidade e inclusão na UFMG.


Luana Macieira – Centro de Comunicação da UFMG