Projeto de cuidados com a saúde de expositores e visitantes da Feira Hippie busca patrocínio para continuar atendimentos

O Projeto Catas Altas da Faculdade de Medicina da UFMG deixará seu ponto de atendimento no centro de Belo Horizonte e está à procura de patrocinadores para continuar ativo no local

O Projeto de Extensão Catas Altas terá que deixar o seu principal ponto de atendimento aos pacientes na Feira de Artes, Artesanato e Produtores de Variedades de Belo Horizonte. No próximo domingo (12), será o último dia de atendimento à comunidade da região, de 09h às 13h.  

Atualmente, o lugar pertence a BELOTUR, e o CAT, espaço no qual o projeto ocupa na Av. Afonso Pena com Rua da Bahia, será passado para a iniciativa privada e, assim, não poderão mais ceder a sala para continuidade do Projeto Catas Altas. Apesar disso, os alunos tentam formalizar uma parceria, tanto com a Prefeitura de Belo Horizonte, quanto com empresas privadas, que os auxiliariam na montagem de uma tenda na mesma região.

O Projeto Catas Altas é uma iniciativa da Faculdade de Medicina da UFMG, que tem o objetivo de promover saúde e qualidade de vida aos feirantes e visitantes que passam pela região da Feira Hippie de Belo Horizonte, que acontece aos domingos. Atendido pelos acadêmicos da faculdade, os usuários, sejam expositores da feira ou visitantes, passam por uma avaliação inicial e a partir disso, são orientados com a melhor forma de cuidar e melhorar a saúde.

O projeto, que já atendeu cerca de 1.200 pessoas, entre eles, a grande maioria entre 50 e 75 anos, fará essa pausa até que consiga um patrocinador para continuar seus atendimentos à comunidade. Além disso, o projeto tem acolhido pessoas em situações de rua, também para passar por acompanhamento e cuidados com à saúde. 

“De início, o projeto foi criado para atender a demanda do município de Catas Altas em questão das altas taxas de internações por infarto e complicações de doenças crônicas. Nós encontramos uma comunidade perto da Faculdade de Medicina com cerca de mil e duzentos expositores, em grande parte de pessoas idosas e vimos que seria algo semelhante ao nosso propósito inicial em Catas Altas de atuar nas doenças crônicas, propondo às pessoas mudanças do estilo de vida. ”, pontuou o presidente do projeto, Leonardo Hosken.

Com os atendimentos guiados principalmente pelas diretrizes da Medicina do Estilo de Vida, as quais existem 6 pilares de cuidado (Atividade Física, Nutrição, Manejo do Estresse, Relações Sociais, Conexões Sociais e Controle do Uso de Substâncias), o objetivo é a melhora na qualidade de vida e a prevenção, tratamento e reversão de doenças crônicas (como hipertensão e diabetes), uma das principais causas de morte no Brasil e no mundo.

Caso demorem a conseguir um patrocínio e um novo local para instalar o projeto, para que os expositores da feira não fiquem sem as assistências periódicas, a perspectiva é que sejam realizadas campanhas de forma que aconteçam ações itinerantes, para que, mesmo sem um ponto físico, possa acontecer os atendimentos.

“Sobre o projeto Saúde na feira nós trabalhamos para poder levar os meninos da UFMG lá, os estudantes do décimo período e está sendo uma coisa muito eficiente. A maioria ali tem mais de cinquenta, sessenta anos, são quase duas mil famílias que compõem a feira, fora o pessoal que trabalha também nela, montadores de barraca, está sendo todo mundo cuidado pelo, por esse projeto. Nós nunca tivemos algo assim na feira e foi uma conquista muito grande. ”, disse Paulo Favaretto, um dos organizadores da Feira Hippie de Belo Horizonte.

A vontade de continuar o projeto se dá, pois, a população já passa por esse acompanhamento há praticamente um ano, já que o projeto começou no primeiro semestre de 2022 e seguiu constante, até agora. Sair do espaço que já se encontram, pode acarretar em uma carência da população, principalmente dos feirantes, que estão sempre sendo acompanhados e cuidados pelo projeto. Dessa forma, manter o projeto na região é fundamental para que os expositores e visitantes não percam esse cuidado gratuito oferecido pela Faculdade de Medicina da UFMG.  

“Na semana que eu comecei a ir ao projeto, eu estava com a pressão muito alta e estava havendo picos. Depois que eu fui deu uma tranquilidade maior, porque o feirante ele sai de casa ansioso e preocupado se vai vender ou não, então, temos essa preocupação. E com o projeto medindo e vendo que a pressão está tranquila, o resto passa. A tranquilidade com a presença do projeto na feira, para mim, tem sido muito grande. ”, afirmou Maria das Graças, expositora da Feira Hippie e paciente do Projeto Catas Altas.

Serviço:

O último dia do Projeto Catas Altas no CAT da Feira Hippie de Belo Horizonte, acontece no domingo (12), de 09h às 13h, na Av. Afonso Pena com Rua da Bahia.

Interessados em patrocinar o projeto, podem entrar em contato com o Leonardo Hosken, através do e-mail: projetocatasaltasufmg@gmail.com.

Nas redes sociais (@projetocatasaltas) e no site (projetocatasaltas.medicina.ufmg.br) é possível conhecer um pouco mais do Projeto Catas Altas.