Promoção da saúde pede reformulação de paradigmas


13 de novembro de 2008


Uma grande oportunidade para repensar os paradigmas da formação e da prática na área de saúde, incorporando o conceito de promoção da saúde. Assim foi saudado o 1º Congresso Nacional de Saúde da Faculdade de Medicina da UFMG: desafios da promoção da saúde durante a solenidade de abertura, realizada na noite de ontem, 12 de novembro.

Para o reitor da UFMG, professor Ronaldo Tadêu Pena (na foto, ao centro), um congresso multidisciplinar como esse é o ambiente ideal para o florescimento de idéias em uma universidade que cumpre seu papel de unir excelência e relevância.

Na mesma linha, o diretor da Faculdade de Medicina da UFMG e presidente do Congresso, professor Francisco Penna (à esquerda na foto), destacou que, se o papel da universidade é dar ênfase ao interesse público, ela tem o dever de difundir os conhecimentos e a tecnologia que produz.

O coordenador executivo e científico do Congresso, professor Lincoln Marcelo Siveira Freire (à direita na foto), afirmou a atualidade do tema do congresso diante dos problemas contemporâneos da saúde, como a mudança do perfil das populações, e do conhecimento já consolidado sobre a influência do meio ambiente e, principalmente, dos hábitos de vida na saúde. “O conceito de promoção da saúde implica uma reformulação nos paradigmas para formação e prática profissionais”, reforçou.”É isso que o congresso está discutindo.”

Desafio do SUS
O secretário municipal de Saúde de Belo Horizonte, Helvécio Miranda Magalhães Junior, lembrou a relação entre o tema do Congresso e a prática do Sistema Único de Saúde (SUS), que completa 20 anos em 2008. “Talvez tenhamos para os próximos 20 anos do SUS, entre os enormes desafios, que a promoção da saúde se imponha como eixo organizativo do sistema”, defendeu. “Sem isso não vamos avançar na qualidade e logenvidade de vida.”

“Mais uma vez o protagonismo do setor acadêmico se faz presente, assumindo sua parcela de responsabilidade no tema da promoção da saúde”, afirmou o representante da Organiação Pan-Americana de Saúde (Opas), Gustavo Bergonzoli. Ele defendeu que o sistema de saúde priorize a atenção primária e a promoção da saúde, com qualidade, e apontou como desafio da academia encontrar fórmulas apra que as equipes de saúde da família trabalhem a promoção da saúde nas comunidades. “Olhando os temas deste Congresso, temos certeza de que se está percorrendo a senda correta,” opinou.

O 1º Congresso Nacional de Saúde da Faculdade de Medicina da UFMG reúne mais de mil participantes, incluindo 170 palestrantes, em 24 conferências, 34 mesas, um curso, dois seminários e 454 temas-livres. O perfil dos participantes mostra que são profissionais, professores e estudantes de 31 universidades e outros 53 centros relacionados à saúde, de 13 estados brasileiros e dois países.

Confira a programação do evento, que prossegue até este sábado, 15 de novembro.

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Fotos: Túlio Costa