Seminário aborda respeito e inclusão da população LGBTQIA+ no SUS


18 de maio de 2023 - , , ,


A Faculdade de Medicina da UFMG promove o seminário de bioética “Reflexões sobre a Comunidade LGBTQIA+ na Saúde: respeito e inclusão”. O evento será dia 31 de maio, às 8h30, no auditório do Cetes (6° andar da Faculdade de Medicina da UFMG). 

Serão debatidos direitos, autonomia, barreiras ao acesso à saúde, discriminação, saúde mental, questões de gênero e outros desafios à saúde das pessoas LGBTQIA+, bem como possíveis soluções e políticas públicas.

Irão participar das mesas a deputada estadual Bella Gonçalves (PSOL); o subsecretário de direitos de cidadania de Belo Horizonte, Thiago Alves; o professor do Departamento de Clínica Médica (CLM), Máderson Alvares; a educadora do projeto Prep1519, Patrícia Hafarrany; e a aluna de Medicina da UFMG, Ana Fê Ribeiro. As mesas serão conduzidas pelos professores do CLM, Dirceu Greco e Unaí Tupinambás.

O evento é gratuito, destinado a profissionais da saúde, estudantes, professores, pesquisadores, técnico-administrativos e toda a população. A ação conta com apoio da Sindicato dos Professores de Universidades Federais de Belo Horizonte, Montes Claros e Ouro Branco (APUBH) e também faz parte da disciplina Seminários em Bioética do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde: Infectologia e Medicina Tropical.

Clique aqui para se inscrever.

O professor Máderson Alvares, homem cisgênero bissexual, entende que a informação é o principal gargalo para um SUS mais equitativo. “Enquanto trabalhador e usuário do sistema, enxergo um SUS que avança a curtos, mas constantes passos. Entretanto, ainda enxergo uma ausência de treinamento e qualificação profissional adequados, além de serem necessárias políticas públicas de educação em saúde que empoderem e informem os usuários sobre seus direitos e ferramentas disponíveis”, defende. 

Os convidados do evento estão inseridos em diversas realidades da comunidade LGBTQIA+. Para Máderson, a experiência compartilhada pelos participantes e a construção coletiva de um debate aberto e acessível, pautado pelas questões que atravessam o acesso dessa população ao sistema de saúde, pode trazer bons frutos. “Acredito ser possível sensibilizar os participantes a essas questões e também oferecer uma oportunidade de compartilhamento de conhecimento, fundamental para a construção de um sistema de saúde mais acessível e que acolha seus usuários em suas diversidades de vivência, superando as barreiras para que se atinja a equidade no cuidado em saúde”, pontua.

“É fundamental que a comunidade acadêmica de uma universidade pública, gratuita e de qualidade, reflita sobre a sociedade na qual se insere e prepare futuros profissionais éticos, preparados para acolher o usuário do sistema de saúde.”