Tratamento por plasmaférese no Risoleta salva vida de jovem


28 de janeiro de 2021 - ,


Crisleine e sua tia Beatriz. Foto: Comunicação Risoleta Neves.


Crisleine Tatiane de Souza, paciente do Risoleta, foi diagnosticada com uma doença que atinge cinco a cada um milhão de pessoas. Ela desenvolveu Púrpura Trombocitopênica Trombótica (PTT) – distúrbio que gera a formação de pequenos coágulos de sangue por todo o corpo – depois de ter se infectado pela Covid-19. Crisleine está bem e teve alta neste início de ano (12/01/2021).

Em 2019, quando Crisleine estava grávida do seu filho Samuel, descobriu por meio de exames médicos que tinha queda incomum de plaquetas no sangue. Enquanto o normal é ter entre 150mil e 400 mil plaquetas/mm3 no sangue, ela apresentava 87% menos (na faixa de 19 mil plaquetas/mm3). Desde então, passou por tratamento por corticóide, medicação mais simples que gerava boa resposta.

Em 16 de dezembro de 2020, Crisleine procurou o Risoleta com manchas na pele e manifestações gripais como dor de cabeça, dor no corpo e coriza. Os sintomas denunciavam a Covid-19 e as manchas sugeriam a evolução da doença no sangue (PTT), já resistente aos corticóides.

Após uma avaliação apurada, incluindo a atuação da Clínica Médica, Nefrologia e Hematologia, seu quadro de saúde foi estabilizado pelo tratamento por plasmaférese. Em três sessões de plasmaférese a paciente ficou saudável, passando de 4 mil plaquetas/mm3 no sangue para 312 mil plaquetas/mm3.

Na plasmaférese usamos aparelhos semelhantes aos utilizados para hemodiálise. O sangue doente é retirado da pessoa e colocado nesse aparelho que separa as células sanguíneas da parte líquida do plasma. O plasma, que contém os anticorpos causadores da doença, é descartado, e as células sanguíneas devolvidas à pessoa. É um procedimento complexo, pois exige a utilização de um filtro específico, de uma grande quantidade de plasma fresco congelado (derivado de doação de sangue) ou albumina e equipes médica e da enfermagem com experiência técnica para sua realização. Neste caso em questão, a plasmaférese foi determinante para a melhora da paciente.”

Dra. Marina Rezende, da Clínica Médica e equipe de Nefrologia do Risoleta.

No Risoleta, a plasmaferése, após discussão e indicação clínica, é realizada pela equipe de Nefrologia. O Hospital tem disponibilidade de recursos técnicos e equipe multidisciplinar envolvida. Houve um envolvimento intenso das equipes de Clínica Médica, Nefrologia e Hematologia, que contribuíram para o desfecho.


Assessoria de Comunicação do Hospital Risoleta Tolentino Neves/UFMG