UFMG recebe reitores sul-americanos em seminário preparatório da CRES+5

Evento ocorre nos dias 4 e 5; conselho da Associação das Universidades do Grupo Montevidéu (AUGM) se reúne no dia 6.


02 de junho de 2023 - ,


UFMG sedia atividades da AUGM preparatórias para conferência em Brasília
UFMG sedia atividades da AUGM preparatórias para conferência em Brasília. Foto: Lucas Braga | UFMG

A UFMG sedia, nos dias 4 e 5 de junho, o seminário Universidade – Sociedade – Estado: Rumo à CRES+5: Desenvolvimento social, Integração regional e o papel das universidades. Um dos eventos da Associação de Universidades do Grupo Montevidéu (AUGM) que serão realizados na Universidade neste início de mês, o seminário, atividade tradicional no âmbito da entidade, promoverá um debate sobre o papel das universidades latino-americanas, tendo como foco discussões que ocorrerão na próxima Conferência Regional de Educação Superior (CRES+5).

Titular da Diretoria de Relações Internacionais (DRI) da UFMG, o professor Aziz Saliba explica que o seminário será um momento de preparação das instituições para as discussões que serão tecidas na CRES+5. Organizada pelo Ministério da Educação do Brasil e pelo Instituto Internacional da Unesco para a Educação Superior na América Latina e Caribe (Iesalc), sediado em Caracas, na Venezuela, a conferência será realizada de 13 a 15 de março de 2024, em Brasília. 

“Essa conferência é a mais importante discussão regional sobre educação superior no âmbito da América Latina. Por essa razão, é necessário um trabalho preparatório para que possamos chegar com propostas mais consistentes e articuladas para o desenvolvimento da educação superior em nossa região”, explica o diretor de Relações Internacionais.

Abertura e programação
A abertura do seminário, no domingo, 4, contará com apresentação do grupo Choro de Minas. Com início às 18h, no auditório do Conservatório UFMG (Avenida Afonso Pena, 1.534, Centro), o evento marcará, concomitantemente, a abertura da segunda edição do SciBioSus, encontro internacional surgido no âmbito da AUGM, que será sediado na UFMG de 4 a 7 de junho, com o objetivo de abrigar reflexões, propostas e relatos de experiências sobre a relação entre ciência e mudanças climáticas, com foco especial no efeito dessas mudanças na vida de povos originários e de comunidades tradicionais. 

O seminário Universidade – Sociedade – Estado, que se estende ao longo da segunda-feira, 5 de junho, será aberto ao público, mediante inscrição, com emissão de certificado de participação. Sediada no auditório da Reitoria, campus Pampulha (Avenida Antônio Carlos, 6.627), a atividade começa às 9h, com a mesa-redonda Rumo à CRES+5: Universidade e políticas de Estado. Além da reitora, Sandra Regina Goulart Almeida, e do vice-reitor, Alessandro Fernandes Moreira, a primeira mesa será formada pela secretária de Educação Superior do Ministério da Educação do Brasil, Denise Pires de Carvalho, pelo secretário de Políticas Universitárias da Argentina, Oscar Alpa, pelo subsecretário de Educação Superior do Chile, Víctor Orellana, e pelo diretor do Iesalc, Francesc Pedró.

Na sequência, será realizada a mesa Universidade e sociedade, coordenada pela pró-reitora de Extensão da UFMG, Cláudia Mayorga. A discussão reunirá a ativista indígena e deputada federal Célia Xacriabá, o economista e ativista João Pedro Stédile, membro do coletivo da coordenação nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-terra (MST), a presidente da Associação Civil Palabras, da Argentina, Silvia Ferrero, e a pedagoga e professora da UFMG Nilma Lino Gomes, ministra das Mulheres, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos, nos anos de 2015 e 2016.

Às 14h30, começa a mesa-redonda Universidade e integração regional. Com coordenação do secretário executivo da AUGM, Alvaro Rico, a atividade contará com Rui Oppermann, diretor de Relações Internacionais da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), Rodrigo Arim, reitor da Universidade da República (Udelar, Uruguai), Zully Vera, reitora da Universidade Nacional de Assunção (UNA, Paraguai), Victor Moriñigo, reitor da Universidade Nacional de San Luis (UNSL, Argentina) e Amanda Caroline Harumy Oliveira, da Organização Continental Latino Americana e Caribenha dos Estudantes (Oclae).

A última discussão do evento terá início às 16h, com o tema Universidade e desenvolvimento social. Coordenada pela reitora da Universidade de Brasília (UnB), Márcia Abrahão Moura, a mesa será composta por Ricardo Fonseca, presidente da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) e reitor da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Carlos Greco, gestor do Conselho Interuniversitário Nacional (CIN) da Argentina e reitor da Universidade Nacional de San Martín (UNSAM), Osvaldo Corrales, presidente do Consórcio de Universidades do Estado do Chile (Cuech) e reitor da Universidade de Valparaíso, e Clarito Rojas, presidente do Conselho de Educação Superior (Cones) do Paraguai.

A programação do seminário será encerrada às 18h, com apresentação do tradicional Grupo Sarandeiros, projeto de extensão e artístico da UFMG vinculado à Escola de Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional, que é reconhecido como importante instrumento de divulgação da cultura nacional por meio da dança.

Grupo Sarandeiros se apresenta no encerramento do seminário
Grupo Sarandeiros se apresenta no encerramento do seminário. Foto: Davidson Rocha | Divulgação

Presidência da UFMG
Os eventos desta primeira semana de junho, desenvolvidos no âmbito da AUGM, ocorrem na gestão da reitora Sandra Goulart Almeida, que preside a associação. Eleita pelo Conselho de Reitores da AUGM em 2021, Sandra Goulart foi reconduzida ao cargo em julho do ano passado, para um segundo mandato de um ano, que se encerra neste mês. Na segunda-feira, 6, o Conselho de Reitores da entidade vai se reunir, ao longo do dia, na Sala de Sessões da Reitoria.

Segundo Sandra Goulart, a experiência e a expertise da UFMG, que integra a AUGM desde 2003, foram fundamentais em seus dois mandatos. Uma das prioridades foi proporcionar estabilidade à AUGM após a fase mais crítica da pandemia de covid-19, a fim de minimizar os impactos desse período nas instituições. “Implementamos ações importantes, como o Observatório de Autonomia Universitária, sediado aqui na nossa Universidade, e conseguimos ampliar discussões visando à expansão da nossa rede como espaço de integração e cooperação regional”, avalia.

Liderança regional
Para Aziz Saliba, os mandatos de Sandra Goulart à frente da AUGM têm sido de extrema importância para o reconhecimento da relevância da Universidade. “A escolha da professora Sandra por seus pares para conduzir a AUGM em dois mandatos demonstra sua capacidade de liderança e gestão e a própria dimensão da UFMG no contexto regional”, afirma ele.

A Associação reúne 41 universidades de Brasil, Argentina, Bolívia, Chile, Uruguai e Paraguai e, na visão de Aziz Saliba, tem enorme importância para a UFMG, com destaque para os temas mobilidade, extensão, cooperação e pesquisa. 

“A AUGM abarca, em si, quase toda a missão da UFMG e mobiliza todas as categorias que compõem a nossa comunidade: discentes, docentes e corpo técnico-administrativo, que têm atuado em todas essas dimensões de cooperação. Além disso, temos um parque universitário de altíssimo nível, que exerce importante liderança no contexto regional e facilitou a nossa integração com as demais universidades que compõem o grupo”, finaliza o diretor de Relações Internacionais da UFMG.


Hugo Rafael – Centro de Comunicação da UFMG