Seminário de Humanização discute política pública


14 de novembro de 2008


O II Seminário de Humanização do Hospital das Clínicas (HC/UFMG), que começou ontem e termina hoje à tarde, reuniu alguns dos maiores especialistas da área para discutir a importância de superar o conceito de que saúde significa apenas cuidar da doença.

Entre as mesas apresentadas, o enfermeiro obstetra Dario Pasche abordou o conceito de humanização e a realidade das políticas públicas de saúde no Brasil. Ele alerta para o fato de que a Política Nacional de Humanização (PNH) não objetiva que profissional de saúde seja apenas gentil com o usuário.

“Para isso não seria necessário uma política pública, pois essa é uma questão de educação”. Seu objetivo, na verdade, é o “de promover a qualidade do encontro com o outro, o que complexifica práticas de saúde”.

A coordenadora do Humaniza SUS em Minas Gerais, Ana Rita Trajano, descreveu e explicou os princípios, as diretrizes e os dispositivos da Política Nacional de Humanização. “Ela surge considerando a realidade do sistema de saúde”, explicou.

A mesa foi mediada pela coordenadora do Programa de Humanização do HC/UFMG, Patrícia Chaves, protagonista da implantação da Política Nacional de Saúde no HC/UFMG, em vigor desde 2001.

O II Seminário de Humanização do HC/UFMG termina hoje. Pela mannhã, o prof. Gastão Wagner de Souza Campos, da Unicamp, falou sobre “Humanização na saúde e as reflexões sobre a relação entre sujeito e o mundo da vida”. À tarde, o tema será “A necessidade de novos olhares sobre a clínica”, abordado por Gustavo Tenório cunha (Ministério da Saúde), Alzira de Oliveira Jorge (Secretária Municipal de Saúde) e Mônica Costa (UFMG).

A diretora do Hospital das Clínicas da UFMG, professora Tânia Mara Assis Lima, que coordena a segunda mesa, chama a atenção para o fato de que debater humanização vai ao encontro dos desafios da promoção da saúde, tema do I Congresso Nacional de Saúde.

“A promoção da saúde é muito mais do que ausência de doença. É oferecer atenção e cuidado ao indivíduo, inserido em um contexto que o
transforma em um sujeito único”.

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Redação: Adriana Linhares – Jornalista