Evento sobre Aedes e as Epidemias Atuais é realizado na Faculdade


26 de fevereiro de 2016


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Foto: Carol Morena

A Faculdade de Medicina da UFMG recebe nesta sexta-feira, dia 26 de fevereiro, o simpósio “Aedes e as Epidemias Atuais: Realidade, Possibilidades e Ações”. O evento conta com a participação de estudantes e profissionais da área da saúde e tem como objetivo promover uma atualização sobre arbovírus e arboviroses emergentes e reemergentes no Brasil, destacando o aumento dos casos de dengue e febre chikungunya e a associação entre zika vírus e microcefalia. O simpósio está sendo realizado no Salão Nobre da Unidade, com transmissão simultânea no auditório do Centro de Tecnologia em Saúde (Cetes).

Durante a abertura, o diretor da Faculdade de Medicina, Tarcizo Nunes, falou da importância de abordar o tema na Unidade em função da epidemia de doenças causada pelo Aedes aegypti. Inicialmente, o evento seria realizado apenas para estudantes da Faculdade de Medicina, mas foi expandido para os profissionais da área da saúde interessados, em parceria com a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais.

A coordenadora do evento e professora do Departamento de Pediatria da Faculdade, Maria do Carmo Barros de Melo, lembrou que o simpósio também está sendo transmitido para profissionais de saúde de todo o estado de Minas Gerais. Além disso, 729 pessoas se inscreveram para acompanhar o evento presencialmente.

Para a também coordenadora do simpósio e coordenadora do Colegiado de curso de Medicina, Alamanda Kfoury, a iniciativa tem a intenção de informar e formar os alunos sobre as doenças transmitidas pelo Aedes, já que eles lidam com a enfermidade nos campos em que atuam. “Nosso objetivo é cumprir o papel de uma instituição de ensino e pesquisa, que divulga e informa corretamente essa situação que estamos vivenciando”, comentou.

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Foto: Carol Morena

Participação de autoridades

Também estiveram presentes na abertura do evento, autoridades que falaram sobre a importância de discutir o assunto na Faculdade de Medicina da UFMG.

Segundo a subsecretária de Vigilância e Proteção à Saúde, Celeste Souza Rodrigues, que veio representando o secretário de Estado de Saúde, Fausto Pereira, o assunto precisa ser discutido pela importância da instituição como formadora de profissionais. “A Universidade tem potencial para a pesquisa e, principalmente, relacionada à zika. Tem muita coisa desconhecida ainda. Precisamos pensar nessa parte da pesquisa, além da possibilidade de disseminação desse assunto, não só para a comunidade acadêmica, mas para a comunidade como um todo”, contou.

Para o médico infectologista da vigilância da Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte, Argus Leão Araújo, “é papel de todos nós, profissionais da área, darmos uma resposta eficaz e convincente para a população. O que mais gera angústia em torno dessa história que envolve o zika vírus é a ausência de explicação para várias situações”, comentou. No evento, Argus representou o secretário municipal de Saúde da Prefeitura de Belo Horizonte, Fabiano Geraldo Pimenta Júnior.

Também esteve presente na abertura do simpósio, o presidente do Conselho Regional de Medicina, Fábio Guerra, que falou da importância da Faculdade em trazer informação e conscientizar as pessoas sobre uma atuação positiva no controle desses problemas. “A gente tem acompanhado o aumento significativo e em curto período de casos dessas doenças. Existem medidas que ficam restritas a questão técnica, de acompanhamento, de tratamento. Mas é fundamental o envolvimento da população no controle. O envolvimento acadêmico é importante nesse sentido. São pessoas que vão levar esses esclarecimentos e favorecer o controle que estamos procurando”, explicou.

Para o presidente do Conselho Regional de Enfermagem, Marcos Rubio, “nós precisamos, como entidades de classe e profissionais da área da saúde, fazer a nossa parte também. Deixamos o conselho à disposição dessa iniciativa. Atualmente, nós temos 180 mil profissionais espalhados por Minas Gerais”, comentou.

De acordo com o presidente da Unimed-BH, Samuel Flam, nos prontos atendimentos da instituição, cerca de 4 mil pessoas,  por semana, chegam com suspeita de dengue.  “Essa discussão é fundamental, levando em consideração o custo do sofrimento dessas que ficam acamadas, inseguras, com febre, com demora no atendimento. A ação não pode ser exclusiva dos órgãos, é uma ação contínua da população como um todo”, disse.

Também compuseram a mesa de honra de abertura do evento, a superintendente do Hospital das Clínicas da UFMG, Luciana de Gouvêa; e o representante da Presidência da Caixa de Assistência à Saúde da Universidade (Casu-UFMG), professor Cid Veloso.

 Aedes e as Epidemias Atuais: Realidade, Possibilidades e Ações

Acompanhe a transmissão ao vivo do evento: http://medicina.ufmg.br/contraoaedes/index.php#form

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