Conselho apresenta próximos desafios da telessaúde


10 de dezembro de 2009


Das várias conferências programadas para a parte da manhã do segundo dia do IV Congresso Brasileiro de Telemedicina e Telessaúde, uma em especial chamou a atenção do público e lotou o auditório principal.

O presidente do Conselho Brasileiro de Telemedicina e Telessaúde – CBTms, um dos organizadores do Congresso, Chao Lung Wen, falou de suas expectativas e apresentou o que ele acredita serem desafios que a área deverá enfrentar nos próximos cinco anos no País.

Durante cerca de trinta minutos, o professor Chao, da USP, inicialmente é necessário programar o crescimento digital para ultrapassar as fronteiras da teleassistência, incentivar a reflexão sobre o tema e planejar as próximas ações.

O palestrante destacou ainda a importância de que “as instituições envolvidas com a telemedicina e a telessaúde colaborem umas com as outras e criem estratégias. Só assim haverá uma verdadeira integração da rede”, afirmou, reforçando que a telemedicina não deve ser vista apenas como atendimento, mas como uma cadeia produtiva de saúde, fruto da convergência entre tecnologia e humanização.

Pensando no futuro, o professor falou de sua crença na popularização dos livros digitais. Segundo ele, o surgimento de livrarias e bibliotecas digitais são tendências muito fortes para os próximos três anos, principalmente na área da saúde.

Tecnologia e saúde

Seguindo essa linha de raciocínio, ele abordou também a criação da IP-Saúde, rede que visa oferecer informações sobre saúde para a população e ambientes interativos de aprendizagem (simuladores) para os profissionais da saúde através da TV Digital e das Rádios Digitais.

As previsões de desenvolvimento tecnológico feitas pelo presidente do CBTms incluem ainda a criação de Centros de Convenção Digital Interativo em diversos pontos do país e Consultórios Digitais que seriam unidades de referência. Já estão em fase de criação os notebooks e computadores da saúde, que possibilitarão maior mobilidade.

Além do desenvolvimento tecnológico, o presidente do CBTms afirmou que o Conselho tem planos de estruturar as faculdades, transformando-as em verdadeiros centros de excelência em telemedicina e telessaúde – o que ele chamou de “Fábricas do Conhecimento”.

Chao Lung também expôs sugestões de ampliação da rede brasileira de telemedicina e telessaúde, que passaria a dar assistência em diversas áreas como telegeriatria, telefisioterapia, rede de transplantes de órgãos, rede de apoio a deficientes físicos e até o oferecimento de telessaúde para salões de beleza. Esse último ponto ganhou destaque, pois segundo o palestrante nesses lugares existem muitas possibilidades de transmissão de Aids e Hepatite B e C.

Um exemplo

Para mostrar a importância dessa assistência, deu um exemplo prático. Segundo ele, o melanoma atrás da orelha tem se tornado muito comum entre os homens, pois além de ser uma região diretamente atingida pelo sol quase ninguém se lembra de protegê-la com o filtro solar. Ao mesmo tempo, pouquíssimos médicos examinam essa área em seus pacientes.

Daí a importância do atendimento de telessaúde aos salões, já que o cabeleireiro é o profissional que mais visualiza essa área, tendo mais chances de perceber a doença. Com o apoio da rede, esse profissional poderá se informar melhor e aprender a como lidar com clientes que se enquadrem nessa situação.

No meio de tantas propostas, o conferencista não deixou de ressaltar a importância de se pensar sobre o telehomecare, que segundo ele é uma tendência do futuro. Ele então apresentou o Health Delivery, projeto cujo objetivo principal será a promoção da saúde domiciliar, através de vários atendimentos, como acompanhamento nutricional e clínica de saúde oral.

Outra sugestão do palestrante foi a Telessaúde para o Turismo, projeto que seria constituído através de uma rede de parceria entre hotéis, universidades e centros de saúde, com comunicação multilingue e monitoramento de pandemias.

Por fim, apresentou diversas idéias para serem implantadas nos próximos anos, entre elas a criação de Centros de Inovação Tecnológica; Fórum de Excelência para debate sobre telemedicina e telessaúde; Unidades de observação, monitoramento e acompanhamento de atividades em telemedicina e telessaúde; e laboratórios de gestão e sustentabilidade. Ele também sugeriu a construção de um museu de ciência, por escola pública do país. Nesses locais, os jovens teriam acesso a informações sobre saúde, drogas, álcool etc.

Para finalizar, o palestrante pediu a todos que pensassem a respeito de tudo que vem sendo discutido no Congresso. “Estamos vivendo hoje a construção de uma história que pede reflexão sobre os próximos passos, principalmente porque telemedicina e telessaúde não é questão de nome da instituição, mas de colaboração e estratégia”, alertou.

Redação: Assessoria de Comunicação do Nescon/AMC

Mais informações: www.telessaude2009.com.br ou (31) 3409 9636 e (31) 3409 9939.

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