Disciplina e Limites

À medida que a criança ganha autonomia nas suas atividades diárias (sono e alimentação), os pais tendem a concedê-la um maior poder de decisão. Dessa forma, a criança costuma se sentir frustrada quando percebe que existem limites no que ela pode e não pode fazer, o que leva a atitudes agressivas. Daí surgem as “birras” que podem se tornar comportamentos frequentes, caso a criança obtenha algum tipo de ganho – por exemplo: fuga de situações indesejadas ou obtenção de privilégios.

Nesse contexto, colocar limites é fundamental para o desenvolvimento saudável da criança. Os pais costumam apresentar diferentes padrões de criação que estão listados a seguir:

  • Estilo autoritário: pais muito controladores e pouco afetivos. Está associado ao desenvolvimento de indivíduos dependentes e passivos.
  • Estilo permissivo: pais pouco controladores e muito afetivos. As crianças geralmente estão no comando e desenvolvem pouca habilidade social de levar em consideração as necessidades de outras pessoas.
  • Estilo negligente: pais pouco controladores e pouco afetivos. As crianças estão mais sujeitas a prejuízos físicos, psicológicos e/ou sociais devido à falta de zelo por parte dos cuidadores.
  • Estilo democrático: os pais conciliam limite e afeto e as crianças são encorajadas a compreender seus direitos e deveres. Esta se mostra a melhor conduta para que as crianças adquiram a habilidade de se autorregular, se tornando mais propensas a cumprirem as regras sociais.

É importante lembrar que a agressão física (palmadas e surras) como forma de castigo nunca deve ser uma opção. Além de serem proibidas por lei no Brasil, as punições físicas prejudicam o desenvolvimento psicológico e as crianças tendem a repetir os atos violentos que recebem. O hábito do diálogo com respeito às características individuais da criança é a melhor forma de abordar o mau comportamento, além de fortalecer o vínculo familiar.

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