Eixos do Observaped entre os melhores da Faculdade de Medicina

Grupos foram selecionados entre os sete melhores trabalhos de extensão apresentados na Semana do Conhecimento 2014Os eixos “Prevenção de obesidade e outros distúrbios nutricionais” e “Pediatria de A a Z”, do Observatório da saúde da criança e do adolescente (Observaped), foram classificados entre os sete melhores projetos de extensão da Faculdade de Medicina da UFMG e do Hospital das Clínicas. Ao todo foram apresentados 70 trabalhos.

A seleção foi fruto da apresentação de trabalhos na 23ª Semana do Conhecimento, evento desenvolvido anualmente pela UFMG, que tem o objetivo de divulgar as produções acadêmicas desenvolvidas na Universidade. O evento aconteceu entre os dias 13 e 17 de outubro deste ano.

Para a professora do Departamento de Pediatria e coordenadora do Observaped, Claudia Regina Lindgren, a classificação mostra o grau de amadurecimento do projeto. “A unidade tem inúmeros projetos de extensão, por isso, a seleção é de extrema importância e dá mais visibilidade para o Observaped, que agrega a área de pesquisa, o aumento e estímulo do conhecimento dos alunos envolvidos, e a prestação de serviços à sociedade”, afirmou.

Segurança de informações de saúde na internet
O eixo “Pediatria de A a Z” é um espaço onde a população, pela página oficial do Observaped, pode buscar informações sobre a saúde da criança e do adolescente, baseadas na literatura médica mais atualizada e em linguagem acessível para o público leigo. O projeto, classificado em 2º lugar entre as apresentações da Semana do Conhecimento, tratou sobre a importância das estratégias para aumentar a segurança das informações de saúde publicadas na internet.

“Focamos na experiência do eixo em divulgar informações certificadas por um grupo de estudantes e professores do Departamento de Pediatria da UFMG, sobre temas frequentes na atenção cotidiana de crianças de adolescentes”, ponderou a autora do pôster, Débora Lucas, integrante do projeto.

Segundo a estudante, o projeto obteve, entre janeiro e julho de 2014, mais de duas mil visualizações em sua página principal. O verbete mais acessado, de doenças exantemáticas, obteve cerca de nove mil e duzentas visualizações nesse período. “Além disso, a necessidade de maior interação com o público nos levou a implantação de um fale conosco, onde dúvidas podem ser enviadas diretamente para a equipe do projeto”.

Para Débora, a experiência e oportunidade de aprendizado constante são os pontos benéficos de participação no projeto. “Estamos sempre pesquisando as informações mais atualizadas sobre diversos temas que envolvem a clínica pediátrica, além de discuti-los com os professores do Departamento. Para nós foi uma alegria imensa saber que o nosso trabalho foi selecionado, que o esforço para levar à população informações seguras foi reconhecido”, completou.

Orientação nutricional para estudantes
Para auxiliar os alunos do ciclo clínico a prestar orientações nutricionais a crianças e adolescentes durante o atendimento, o eixo “Prevenção de obesidade e outros distúrbios nutricionais” desenvolveu uma cartilha educacional, projeto acadêmico apresentado e classificado na Semana do Conhecimento, no Campus Saúde.

“Uma vez pronta (a cartilha) foi natural o surgimento da necessidade de um instrumento para avaliar seu uso, aceitação e colaboração no aprendizado dos acadêmicos. O que apresentamos nesta semana foi um recorte da última etapa desta avaliação. Ter ficado entre os sete melhores trabalhos da Faculdade de Medicina é um reflexo do nosso trabalho unido e multidisciplinar ao longo desses últimos quatro anos”, informou a estudante Mariana Ferreira, participante do eixo e autora do pôster.

De acordo com Mariana, a cartilha deve ser usada, no momento da consulta, de forma similar a um aplicativo para smartphone, como material de consulta rápida para as orientações nutricionais. “Com certeza os pacientes atendidos por alunos que utilizaram esta cartilha obtiveram orientações de alto nível, capazes de promover saúde e qualidade de vida”.

A estudante afirma que este foi o primeiro grande projeto de pesquisa que a maioria dos alunos do eixo participou. “Felizmente, nossa experiência foi positiva, e tiramos dela força e criatividade para dar sequência ao nosso trabalho, por exemplo, colocando em prática um projeto de levar educação alimentar às escolas, que será realizado neste mês de novembro”, garantiu.