Terceira edição do InfoCOVID aponta expansão da pandemia em vilas e favelas

Produzido pelo Observatório de Saúde Urbana de Belo Horizonte, material analisa dinâmica socioespacial intraurbana de casos de SRAG.


03 de julho de 2020 - , , ,


A equipe do Observatório de Saúde Urbana de Belo Horizonte (OSUBH) da Faculdade de Medicina da UFMG publicou hoje, 3 de julho, nova edição do InfoCOVID-OSUBH. A edição atualiza as informações do avanço da covid-19 no município de Belo Horizonte.

Para os autores, ficou evidenciado que a distribuição de casos das regiões Leste, Noroeste, Centro-Sul e Oeste, bem como os em Venda Nova, se concentram em vizinhanças de importantes vilas e favelas do município. “Tais resultados apontam para a necessidade de direcionar, por parte dos gestores, atenção especial à população vulnerável residentes nas vilas e favelas da cidade, por meio de medidas preventivas e de proteção social e à saúde, a partir da escuta da população”, apontam.

Expansão da pandemia em vilas e favelas é destaque nos dados analisados. Foto: Waleska Teixeira Caiaffa.

“Dessa forma, importante também seria garantir o acesso ao diagnóstico e à assistência integral e de qualidade, tanto no âmbito ambulatorial como hospitalar. A realização de testagem populacional por amostragem, especialmente nos locais de grande concentração, permitiria a identificação da infecção, a busca ativa de sintomáticos a partir da atenção primária e a disseminação das medidas preventivas nestes territórios”, segue o boletim.

Confira a terceira edição na íntegra.

Clique na imagem para ampliar. Fonte: OSUBH

“Além disso, ressalta-se a importância da adoção de medidas que garantam renda mínima à essa população, constituída, em grande parte, por trabalhadores informais e sem renda fixa”

InfoCOVID

InfoCOVID-OSUBH analisa a dinâmica socioespacial intraurbana da doença, informando ações direcionadas ao manejo dos casos e contenção da epidemia. “Para o informe, consideramos apenas os moradores de Belo Horizonte internados nesses hospitais. Analisamos dados de casos suspeitos e confirmados de covid-19, excluindo os casos de SRAG confirmados por outros agentes etiológicos”, explicou no lançamento a professora do Departamento de Medicina Preventiva e Social da Faculdade de Medicina da UFMG e membro da equipe do OSUBH responsável pelo informativo, Aline Dayrell Ferreira Sales.

“Assim que o OSUBH recebe a base de dados, realizamos a conferência e consistência via georreferenciamento dos casos, identificando os bairros de residência das pessoas internadas”, detalhou Aline Dayrell. Em seguida, a equipe do observatório, composta por epidemiologistas, estatísticos e geógrafos, realiza análises descritivas, gerando mapas com a distribuição espaço-temporal dos casos.


Leia mais sobre as ações da Faculdade de Medicina durante a pandemia no site: medicina.ufmg.br/coronavirus

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