Genitália Ambígua

A genitália ambígua é um tipo de desordem de diferenciação sexual (DDS), causada principalmente por hiperplasia adrenal congênita. Ela se manifesta pela aparência da genitália externa diferente do esperado para o sexo em graus variados. 

O diagnóstico é feito no exame físico da criança ao nascer, junto aos testes genéticos. Quando as alterações são discretas, podem passar despercebidas, atrasando a identificação. Algumas características podem auxiliar essa análise.

No caso de um órgão genital de aparente aspecto masculino, podem ocorrer:

  • testículos não palpáveis
  • presença de hipospádia
  • micropênis

Já em um órgão genital de aparente aspecto feminino, podem ocorrer:

  • clitóris maior que o normal 
  • algum grau de fusão dos grandes lábios

Após ser diagnosticada, o tratamento da genitália ambígua deve ser ágil e eficaz, sendo feito por uma equipe multidisciplinar (com neonatologistas, geneticistas, endocrinologistas, cirurgiões, psicólogos e especialistas em ética), em busca de diminuir os impactos emocionais causados na família. 

Os pais de crianças com desordem de diferenciação sexual costumam ficar confusos com a condição de seus filhos, e embora a atribuição de gênero e o nome da criança sejam questões pertinentes, essas ações não devem ser feitas sob pressão ou de forma precipitada. Aconselhamento genético, educação em saúde sobre o tema e apoio aos familiares são essenciais, bem como considerações éticas sobre os direitos da criança de tomar decisões em relação ao gênero.

Para saber mais: 

  • Psicologia e diversidade sexual: desafios para uma sociedade de direitos / Conselho Federal de Psicologia. – Brasília: CFP, 2011. Disponível em: https://site.cfp.org.br/wp-content/uploads/2011/05/Diversidade_Sexual_-_Final.pdf 
  • https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/19706c-GP_-_Disforia_de_Genero.pdf

Imagem disponível em: https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/5049537/mod_folder/content/0/Distúrbios%20da%20diferenciação%20sexual%20%28Slides%29.pdf?forcedownload=1