Suicídio na Infância e Adolescência
No Brasil e no mundo, as tentativas de suicídio entre crianças e adolescentes têm aumentado de forma considerável e muitas vezes estão associadas com transtornos de adaptação — como bullying, conflito familiar e abuso sexual — ou psiquiátricos — como depressão, bulimia, etc. Ademais, o uso de álcool e drogas pelos adolescentes pode potencializar esses fatores de risco.
Pais, professores e profissionais de saúde devem estar sempre atentos aos sinais de alerta de que algo não está bem com a criança ou o adolescente, como:
- Alterações no apetite, no sono, dificuldade de concentração ou cansaço;
- Sentimento de tristeza, inutilidade ou de culpa;
- Maior sensibilidade à rejeição, irritabilidade, raiva, com explosões de choro;
- Ausência de perspectiva para o futuro, perda de interesse em eventos e atividades em casa, na escola ou em momentos de lazer;
- Diminuição do auto cuidado e retraimento social;
- Fazer anotações sobre suicídio, pensamentos suicidas, falar sobre não estar por perto no futuro ou que vai embora um dia;
- Expressar pensamentos estranhos ou ameaças sobre querer se matar;
- Doar ou prometer bens valiosos a outras pessoas.
Vale ressaltar que a ingestão excessiva de medicamentos é a forma mais comum de autolesão utilizadas por jovens e, na maior parte das situações, a tentativa é realizada em casa.
Caso os pais detectem os sinais de alerta, devem conversar abertamente com seus filhos e expressar preocupação, apoio e amor, bem como procurar o auxílio de um profissional de saúde (médico ou psicólogo). Na presença de transtornos mentais ou angústia fora do habitual, deve-se procurar ajuda especializada com psiquiatras.
Como forma de prevenção, é importante cuidar da saúde mental continuamente, não só em setembro.
Na busca de ajuda imediata, ligue para o Centro de Valorização da Vida (CVV) – 188, que oferece atendimento voluntário, gratuito e com sigilo, realizando apoio emocional e prevenção do suicídio.