Inteligência artificial em saúde pauta conferência ao vivo
Professor da Universidad Autónoma de Zacatecas (México) analisa cenário do uso de novas tecnologias em saúde.
26 de agosto de 2020 - Evento, inteligência artificial, Saúde, telemedicina, Webconferências do Saber
Já estamos imersos no mundo com inteligência artificial (IA). Essa é uma das afirmações da Webconferência do Saber sobre Saúde 4.0, com o professor da Universidad Autónoma de Zacatecas (UAZ – México), José Manuel Ortiz Rodríguez.
A Webconferência do Saber – “Saúde 4.0: A Inteligência Artificial no Cuidado da Saúde” é a terceira edição da série de lives promovidas pela Faculdade de Medicina com expoentes da saúde, onde os 12 departamentos da Instituição discutirão os temas mais atuais de suas áreas.
O evento ocorreu nessa quarta, 26 de agosto. O chefe do Departamento de Anatomia e Imagem (IMA), professor Paulo Márcio Campos de Oliveira, foi o mediador.
Confira a íntegra:
Campo multiprofissional
Segundo o professor, já estamos imersos em um meio com impactos da IA. Ele cita serviços de viagens e finanças como exemplos. “Estamos vivendo um boom de inteligência artificial”, comenta. O contexto envolve o chamado Big Data, que se refere a produção e tratamento de grandes quantidades de arquivos digitais, com apoio de máquinas
No campo da saúde, já há experiências de hospitais com celulares funcionando em um ecossistema junto a máquinas de apoio diagnóstico e profissionais de saúde. “A ciência de dados é um campo multiprofissional. Os engenheiros ensinam as máquinas e os médicos tomam as decisões”, explica.
“Máquinas não substituem especialistas em saúde”
Uma das aplicações é em apoio ao diagnóstico de doenças. Nesse sentido, projetos de pesquisa telemedicina envolvendo pacientes com covid-19 estão sendo desenvolvidos por uma parceria do IMA com o Laboratório de Inovação e Desenvolvimento Tecnológico em Inteligência Artificial (LIDTIA) da UAZ. O projeto, que está sob confidencialidade, une engenheiros e médicos do México e do Brasil.
Ética das máquinas ou das pessoas?
Perguntado sobre as implicações éticas das operações com inteligência artificial, o professor ressalta que as máquinas não tomam decisões, mas fornecem dados para o profissional. “A ética é uma questão complexa, um problema social”, aponta José Ortiz.
Para vencer uma possível resistência à ideia, ele cita o uso de IA em apoio a editores de revistas científicas, que podem verificar questões relacionadas a plágio (um problema ético). Dessa forma, é o uso pelas pessoas que vai ser ético ou não.
“As máquinas não são totalmente inteligentes. Elas não decidem. Só fazem o que são programadas para fazer, sem ao menos ter consciência que o estão fazendo”
Conferencista
O professor José Manuel Ortiz Rodríguez é engenheiro de Comunicações e Eletrônica pela Universidad Autónoma de Zacatecas (UAZ), mestre em Ciências Nucleares pela UAZ e doutor em Engenharia e Tecnologia pela Universidade de Córdoba (Espanha). Ele é co-fundador e membro do Núcleo Acadêmico Básico da Pós-Graduação, Mestrado e Doutorado em Engenharia e Tecnologia Aplicada da UAZ. Além disso, é fundador e coordenador do Laboratório de Inovação e Desenvolvimento Tecnológico em Inteligência Artificial (LIDTIA) da UAZ.
Confira a série de lives:
– Webconferências do Saber #1: Medicina na Contemporaneidade
– Webconferências do Saber #2: A tísica na história do homem – Os pulmões ardentes na Medicina
Confira mais ações da Faculdade de Medicina durante a pandemia de covid-19 pelo site especial de enfrentamento da crise.